RESISTÊNCIA DE ISOLADOS DE COLLETOTRICHUM SPP AGENTE CAUSAL DA MANCHA FOLIAR DE GLOMERELLAEM MACIEIRA, A FUNGICIDAS UTILIZADOS NO CONTROLE DA DOENÇA
Aluno de Iniciação Científica: Carlos Alberto Melo de Almeida (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Louise Larissa May De Mio
Co-Orientador: Natasha Akemi Hamada
Departamento: Fitotecnia e Fitossanitarismo
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Fungicida , Mancha Foliar da Glomerella , micélio
Área de Conhecimento: 50102001 - FITOSSANIDADE
Espécies de Colletotrichum spp, dentre elas C. acutatum e C. gloeosporioides são relatadas como causadoras da Mancha Foliar de Glomerella (MFG) em macieira. O controle desta doença é difícil e os fungicidas recomendados parecem perder eficiência a cada safra. Este trabalho objetivou testar a sensibilidade dos isolados Colletotrichum spp, obtidos de diferentes partes da planta e de diferentes regiões de cultivo da macieria do sul do Brasil aos principais fungicidas utilizados em campo para estabelecer critérios de controle fitossanitários mais eficientes. Isolados de Colletotrichum spp foram obtidos: de lesões de MFG em folhas nas cv Princesa, Eva, Gala; de gemas e ramos dormentes e, de folhas caídas no solo, durante o inverno em plantas da cultivar Gala, entre os anos de 2010 e 2011. Foram avaliados 154 isolados testando a sensibilidade micelial a dois fungicidas: tiofanato metílico (TF) nas doses de 0, 1, 100, 1000 µg/ml e mancozeb (M) nas doses de 0, 1, 10, 100 µg/ml, com quatro repetições, depositando-se um disco de micélio de 3 mm sobre o placa com BDA (batata dextrose ágar) contendo fungicida. Avaliou-se o crescimento micelial durante 7 dias, sendo então determinada a concentração mínima inibitória (CMI), ou seja, a concentração mínima de fungicida capaz de inibir totalmente o crescimento micelial do fungo. Dos 47 isolados testados provenientes de folhas com sintomas, 100% dos isolados cresceram na concentração de 1 µg/ml, 49% à concentração de 100 µg/ml e 8,5% à concentração de 1000 µg/ml de TF .De fato a sensibilidade do isolado foi aumentando conforme a dose aplicada, chegando a 50% nos intervalos testados. Dos 22 isolados de gemas dormentes, mostraram-se não sensíveis a TF: 100% à concentração de 1 µg/ml 91% à concentração de 100 µg/ml e 68% à concentração de 1000 µg/ml. Os isolados oriundos de ramos dormentes (n=18) submetidos a TF apresentaram 100% de isolados não sensíveis às concentrações de 1,100, e 1000 µg/ml. Em relação aos isolados provenientes de folhas caídas no período do inverno (n=67), 98,5%, 82% e 75% mostraram-se não sensíveis às concentrações de 1, 100 e 1000 µg/ml de TF, respectivamente. Portanto a CMI para controle do fungo foi acima 100 µg/ml para "M" tanto em folhas, ramos e gemas dormentes, todos os isolados cresceram na presença das concentrações de 1, 10 e 100 µg/ml de M indicando não serem sensíveis a este fungicida nestas doses. Para TF a CMI varia entre os grupos de isolados necessitando maiores estudos com outras concentrações para estabelecer a ED50 e também relacionar com a identificação das espécies envolvidas.