BIOMASSA RESIDUAL DA SOJA: POTENCIAL ENERGÉTICO E EXPORTAÇÃO DE FÓSFORO E POTÁSSIO

Aluno de Iniciação Científica: Carla Sampaio Guimarães (PIBIC/CNPq)
Curso: Agronomia
Orientador: Volnei Pauletti
Colaborador: Marília Camotti Bastos, Rudimar Molin, Dimas Agostinho da Silva.
Departamento: Solos e Engenharia Agrícola
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Potencial Energético , Biomassa , Poder Calorífico
Área de Conhecimento: 50101005 - CIÊNCIA DO SOLO

O Brasil se destaca no cenário mundial como segundo maior produtor de soja (Glycine max), com uma área de cultivo de 75 milhões de hectares. O cultivo de soja gera como subproduto uma expressiva biomassa residual da colheita com potencial para ser aproveitada como fonte renovável de energia. A viabilidade do uso da biomassa de soja como fonte energética deve ser avaliada pela quantificação da produtividade de biomassa por área, capacidade de geração de energia através da determinação do poder calorífico e quantidade de nutrientes exportada da área agrícola e que deve ser reposta para não prejudicar o potencial produtivo do solo. Nesse sentido, implantou-se um experimento na Fundação ABC em Ponta Grossa durante a safra 2011/2012 com o objetivo de avaliar o potencial de uso da biomassa residual da soja para produção de energia elétrica. Os tratamentos constaram de 10 cultivares de soja (BRS 232, BRS 284, CD 206, NA 5909RG, NK 3363, Roos AvanceRR, TMG 7262RR e V TopRR), dispostos em blocos ao acaso com três repetições. No momento da colheita dos grãos de soja, a biomassa residual que passou pela colhedora foi recolhida, pesada e sub-amostrada para determinação da umidade, teor de nutrientes e poder calorífico. Após secagem as amostras foram moídas em moinho de facas do Tipo Willye. A determinação do poder calorífico superior foi realizada no Laboratório de Biomassa Florestal da UFPR, utilizando-se uma bomba calorimétrica adiabática modelo IKAWERKE, C5000.A análise de tecido vegetal de P e K foi executada no laboratório de Biogeoquímica da UFPR. Os resultados foram submetidos à análise de normalidade pelo teste de Bartlett e posteriormente à análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade para comparação das médias. A produtividade de biomassa seca variou entre as cultivares, sendo maior na TMG 7262RR (3.918 kg ha-1) e menor na BRS 284 (1.966 kg ha-1). O PCS variou de 4.329 a 4.508 kcal kg-1, sem diferença entre as cultivares. Esses valores são próximos aos obtidos com Eucalyptus maculata (4.512 kcal kg-1). Os teores de P e K não variaram entre as cultivares, com valores médios de 0,57 e 13,80 g kg-1, respectivamente. Portanto, a biomassa residual da soja tem potencial de uso para produção de energia, devendo-se considerar a produção individual de biomassa de cada cultivar e repor, para evitar a diminuição dos teores no solo, 57 kg de P e 13,8 kg K, para cada tonelada de biomassa seca retirada da área. 

 

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