SINTOMATOLOGIA DA DEFICIÊNCIA DE MACRONUTRIENTES EM MENTA

Aluno de Iniciação Científica: Ana Carolina Fujimura Bertelli Cabral
(Pesquisa voluntária)
Curso: Agronomia
Orientador: Volnei Pauletti
Colaborador: Letícia de Pierri
Departamento: Solos e Engenharia Agrícola
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Crescimento vegetal; Deficiência de
macronutrientes;Ciência do solo
Área de Conhecimento: 50101005 - CIÊNCIA DO SOLO

O aumento da produtividade de folhas, bem como a intensidade da biossíntese dos óleos essenciais pela menta (Mentha x piperita) são correlacionados com a otimização da nutrição mineral. Uma das formas de auxílio na adequação da adubação de uma espécie cultivada é a correta identificação dos sintomas visuais de deficiência dos nutrientes nas plantas. A diagnose visual auxilia o produtor na identificação da deficiência nutricional, possibilitando a correção do programa de adubação antes de ocorrer perda de produtividade. O objetivo do trabalho foi o de observar os sintomas de deficiência de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), magnésio (Mg), cálcio (Ca) e enxofre (S) em plantas de menta. O experimento foi conduzido em estufa no DSEA da UFPR, Curitiba-PR. Plantou-se a menta em vasos com areia lavada com HCL 3% e água deionizada, onde os tratamentos testados foram: T1- solução completa; T2- omissão de N; T3- omissão de P; T4- omissão de K; T5- omissão de Ca; T6- omissão de Mg e T7- omissão de S, sendo utilizada a solução nutritiva n° 2 de Hoagland & Arnon (1950), com duas repetições. Nas primeiras duas semanas, todos os vasos receberam solução completa para que não houvesse interferência no estabelecimento inicial das mudas; posteriormente, cada vaso recebeu a solução correspondente à ocultação do nutriente desejado e água deionizada para repor as perdas por evapotranspiração. As plantas com deficiência de N apresentaram folhas velhas reduzidas e cloróticas, por ser o N o elemento responsável pela constituição das proteínas e da clorofila. Os sintomas de deficiência de P caracterizaram-se por folhas velhas menores, verde-escuras e opacas, devido à atuação do P na síntese de ATP, onde sua deficiência ocasiona acúmulo de pigmentos e um desenvolvimento retardado das plantas. Em relação ao K, observou-se necrose das bordas das folhas velhas das plantas deficientes, devido ao papel do K na regulação osmótica (assim, a falta de K promove extravasamento celular, com conseqüente necrose do tecido). Sob deficiência de Mg, observou-se clorose internerval também das folhas velhas, por este ser um elemento móvel na planta e sua deficiência promover a lise da clorofila, para remobilizar o Mg para os pontos de crescimento. A deficiência de Ca causou redução pronunciada no porte da planta, com necrose avançada das folhas novas e morte dos ponteiros, com posterior "enferrujamento" das folhas velhas, conforme observado em outras culturas, como a cana-de-açúcar. As plantas submetidas à omissão de S apresentaram clorose generalizada, principalmente nas folhas novas.

 

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