ESTUDO ETNOFARMACOBOTÂNICO DE PLANTAS DO LITORAL PARANAENSE

Aluno de Iniciação Científica: Ana Clara Giraldi Costa (IC-Voluntária)
Curso: Tecnologia em Agroecologia ( )
Orientador: Luiz Everson da Silva
Colaborador: Alzino José Maria Neto
Departamento: Tecnólogo em Agroecologia
Setor: Campus Litoral
Palavras-chave: Etnobotânica; extrativismo; cultura popular
Área de Conhecimento: 50000004 - CIÊNCIAS AGRÁRIAS

O contato de povos tradicionais com outras culturas por diversas formas tem acarretado a perda da identidade, além da dissipação do conhecimento tradicional por parte dos mais velhos em detrimento do repasse às gerações futuras. Estudos evidenciam que o contato de comunidades tradicionais com formas modernas de comunicação tem acarretado na perda da transmissão oral e com isso todo um significado histórico de saberes e tradição está presente apenas na memória dos mais velhos. Neste contexto o saber oriundo do uso de plantas medicinais constitui-se numa prática efetiva e única em função das condições objetivas de vida de várias comunidades. Nosso objetivo foi realizar uma investigação etnobotânica na região do Litoral do Paraná acerca do conhecimento e da percepção dos recursos vegetais existentes, de forma a sistematizar o conhecimento popular de espécies medicinais sua relação com o uso terapêutico. Os dados foram coletas entre agosto de 2011 e fevereiro de 2012. Dez informantes foram entrevistados sobre seus conhecimentos das espécies medicinais residentes nas comunidades rurais e nos bairros do município. A pesquisa revelou o uso de 80 espécies medicinais pertencentes a 48 famílias, sendo a Lamiaceae a mais citada. A principal parte utilizada na preparação dos chás é a folha e a preparação mais comum é a infusão. As espécies com maior número de citações são Chenopodium ambrosioides L. (mastruz) e Lippia alba (Mill) N.E. Br. (erva-cidreira), também associadas ao maior número de usos terapêuticos. Complementarmente, efetuou-se entrevistas semi-estruturadas a partir de pesquisa quali-quantitativa nas comunidades São Joãozinho, Guaratuba/PR e Comunidade de Barbados na ilha de Superagui/PR, com indivíduos escolhidos por possuírem ligação histórica com a ocupação da região e também o conhecimento empírico de espécies vegetais e praticas populares da medicina natural da região. Feito a identificação botânica e as exsicatas de 15 plantas catalogadas nas comunidades, foram selecionadas 4 plantas de uso medicinal pelas comunidades: Eriobotrya japônica, Bauhinia forficata, Mikania glomerata Spreng, Syzygium cumini, e uma 1 planta, Philodendron corcovandense Kunth, utilizada pela comunidade do São Joãozinho na forma de extrativismo de seu produto florestal não madeirável. Como forma de avaliação foram feitas extrações dos óleos utilizando a hidrodestilação

 

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