ANÁLISE DOS ASPECTOS BIO-PSICO-SOCIAIS DE IDOSOS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO DO MUNICÍPIO DE MATINHOS-PR

Aluno de Iniciação Científica: ELSA KARINA PATRÍCIA MARAFÃO (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Fisioterapia (Setor Litoral) (MT)
Orientador: SIBELE YOKO MATTOZO TAKEDA
Departamento: Campus Litoral
Setor: Campus Litoral
Palavras-chave: Idosos , Incontinência urinária de esforço , Fisioterapia
Área de Conhecimento: 40800008 - FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

A incontinência urinária (IU) é uma doença caracterizada pela queixa de perda involuntária de urina e pode ser classificada de acordo com os seus sintomas. A incontinência urinária de esforço (IUE) é o tipo mais comum, e a queixa varia de acordo com a intensidade do sintoma. Portanto é importante conhecer a duração, frequência e a severidade da IUE, para dimensionar as implicações sociais e o impacto na qualidade de vida, bem como determinar a direção e a extensão das medidas propedêuticas e terapêuticas a serem adotadas. Esta pesquisa objetivou analisar o grau e a influencia da IUE na qualidade de vida de homens e mulheres acometidos, residentes no Município de Matinhos–PR. A amostra constituiu-se de 6 voluntários (4 mulheres e 2 homens). Foram considerados critérios de inclusão idade entre 60 e 75 anos, apresentar queixa de perda urinária nos últimos seis meses e assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Dentre os critérios de exclusão estavam não ter idade entre 60 e 75 anos, presença de infecção urinária, ter feito procedimento cirúrgico pélvico nos últimos seis meses e não realizar corretamente as instruções da avaliação. O protocolo de avaliação foi composto por uma ficha contendo dados sócio-demograficos, hábitos de vida sobre os sintomas urinários; um questionário especifico para avaliação de qualidade de vida na IU, o King's Health Questionnaire (KHQ), que compreende 8 domínios e 2 escalas independes relacionadas a IU,  quanto maior o escore obtido, pior é a qualidade de vida; A escala Visual Analógica (EVA) como meio de avaliação subjetiva do incomodo causado pela IUE; O pad test de uma hora, utilizado para quantificar a perda urinária simulando situações de aumento da pressão intra-abdominal; e o Diário Miccional, onde o participante anota em uma tabela toda a ingestão liquida e volume urinado. Dentre os resultados obtidos, em relação aos sintomas urinários 50% dos sujeitos relataram perda urinária ao espirrar. No KHQ o domínio com maior média foi "percepção geral de saúde". Quanto ao pad test não foi observada perda superior a 2g, o que não evidencia perda urinária evidente. No diário miccional, 33,3% dos voluntários relataram escape urinário em situações como tossir, levantar-se e na realização de atividades domésticas. Na EVA a média foi de 4,83, para o incômodo relatado com a perda urinária. Conclui-se que apesar de não ter sido observada perda urinária ao pad test, persistiu o relato de incontinência aos esforços, assim como suas repercussões quanto à percepção dos idosos em relação à saúde e aos desconfortos causados pela IU.

 

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