ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS PARA FACILITAÇÃO DA APRENDIZAGEM MOTORA

Aluno de Iniciação Científica: ADRIANA CRISTINA ANDRADE GERALDO (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Fisioterapia (Setor Litoral) (MT)
Orientador: Luciana Vieira Castilho Weinert
Colaborador: Bárbara Thamires Schneider Bento, Leriane Leuzinski, Sibele Yoko Mattozo Takeda
Departamento: Campus Litoral
Setor: Campus Litoral
Palavras-chave: Desempenho psicomotor , Fisioterapia , Ludoterapia
Área de Conhecimento: 40800008 - FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

Centros de Educação Infantil são locais que permitem às mães deixar seus filhos pequenos a fim de realizar atividades extradomiciliares. Preocupa-se que a estimulação do desenvolvimento da criança ocorra de maneira global e abranja questões relativas à motricidade, cognição e linguagem. A interação da criança com o ambiente e seus estímulos possibilita ou não o desenvolvimento motor adequado, que por sua vez proporciona experiências indispensáveis a um bom desenvolvimento cognitivo. Existem vários instrumentos de avaliação capazes de auxiliar na identificação de atrasos do desenvolvimento ou indicar um possível risco para atraso. A partir desta perspectiva, o objetivo principal deste estudo foi traçar o perfil psicomotor de crianças de um a cinco anos do município de Matinhos/Paraná. Com base nestes dados estabeleceu-se um plano de intervenção fisioterapêutica para estimular a aprendizagem motora por meio da psicomotricidade e do lúdico, na tentativa de minimizar atrasos no desenvolvimento. Realizou-se um estudo descritivo, em uma amostra de vinte e sete crianças. Para análise inicial do desenvolvimento individual utilizou-se como instrumentos a Escala de Avaliação Psicomotora de Fonseca e o Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver II. Identificou-se através das avaliações um desenvolvimento questionável na maioria das crianças. No teste de Denver, no grupo de crianças com idade entre um e dois anos, todas apresentaram atrasos de linguagem, 50% de motricidade fina e 67% de motricidade grosseira. No grupo de dois a três anos, 86% apresentaram atraso ou risco para atraso na dimensão linguagem, 14% na dimensão motor fino adaptativo e 70% apresentaram atraso ou risco para atraso na dimensão motor grosseiro. Nas crianças do grupo de três a quatro anos, 50% apresentaram atraso de linguagem, e 33% de motricidade fina e grosseira. Nas crianças de quatro a cinco anos, 38% apresentaram atraso nas três dimensões avaliadas. Na escala de Fonseca, as crianças de um a dois anos conseguiram completar em média 89% ± 10 da avaliação, as de dois a três anos 92% ± 3, as de três a quatro anos 86% ± 13 e as de quatro a cinco anos 83% ± 18.  Elaborou-se um plano de intervenção psicomotora com recursos lúdicos adequados a faixa etária e aos déficits psicomotores encontrados. Como resultados houve melhora no desenvolvimento psicomotor, que possibilitou minimizar e reverter atrasos. Concluiu-se que a estimulação fisioterapêutica psicomotora é eficiente, capaz de facilitar a aprendizagem motora, e de promover o desenvolvimento infantil adequado e típico para a faixa etária.

 

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