Aluno de Iniciação Científica: Jaqueline de Lima (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Terapia Ocupacional
Orientador: Angela Paula Simonelli
Departamento: Terapia Ocupacional
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Terapia Ocupacional , Ergonomia , Música
Área de Conhecimento: 40800008 - FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

A associação entre a prática musical e o processo de adoecimento ocupacional nesse contexto tem sido abordada com ênfase na literatura, especialmente ao longo das últimas três décadas. A alta exigência performática e a exposição frequente a sobrecargas de trabalho (física, cognitiva e psíquica, bem como organizacional), dentre a complexidade a qual permeia esse fazer, são apontadas enquanto potenciais fatores de risco à saúde de músicos instrumentistas ao redor do mundo. O presente estudo apresenta-se como um recorte da análise da atividade dos músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná, realizada com base no método da Análise Ergonômica do Trabalho de vertente francofônica e enquanto ferramenta do terapeuta ocupacional que atua na interface saúde-trabalho. A partir da pesquisa qualitativa de caráter descritivo, objetivou-se investigar as dimensões envolvidas na tarefa e seu impacto à saúde dos músicos, delineando as características dessa categoria profissional. Foram realizadas as etapas de: levantamento bibliográfico acerca do tema; análise documental dos dados de produtividade, produção, qualidade e de prescrição da tarefa; observações sistemáticas de ensaios da Orquestra; aplicação do Ergonomic Workplace Analysis (EWA), instrumento padronizado de análise da tarefa e posto de trabalho, e; validação dos dados analisados com um músico instrumentista. Os resultados apontaram desvios significativos em relação aos padrões considerados adequados à realização da atividade, principalmente no que se refere à dimensão física e à organização do trabalho, considerada eixo transversal, além de aspectos relacionados à segurança e higiene ocupacional. O delineamento da ação do terapeuta ocupacional foi justificado a partir da perspectiva da promoção de saúde, prevenção do adoecimento e formação aos trabalhadores enquanto atores sociais, vislumbrando, portanto, a transformação das situações de trabalho.

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