ANÁLISE DA FLEXIBILIDADE MUSCULAR APÓS TREINAMENTO RESISTIDO EM PROFESSORAS DO ENSINO PUBLICO DE MATINHOS – PR
Aluno de Iniciação Científica: Leriane Leuzinski (PIBIC/CNPq)
Curso: Fisioterapia (Setor Litoral) (MT)
Orientador: Anna Raquel Silveira Gomes
Co-Orientador: Elisangela Valevein Rodrigues
Colaborador: Henrique Santos Gama
Departamento: Educação Física
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Treinamento , Docente , Flexibilidade
Área de Conhecimento: 40800008 - FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Os distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho tem se tornado um problema de saúde pública. Porém, a prática de exercícios físicos tem sido recomendada para minimizar ou até impedir os sintomas osteomusculares. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do treinamento de resistência na flexibilidade de professoras do ensino fundamental público de Matinhos – PR. Trinta e uma professoras (40±9 anos) foram divididas em 2 grupos: Grupo Controle (GC, n=15)- não realizaram exercícios; Grupo Treinamento de Resistência (GTR, n=16)- realizaram treinamento de resistência para quadríceps e ísquiotibiais, 2 series de 15 repetições (cada repetição: 5s fase concêntrica e 5s fase excêntrica), com intervalo de 1 min entre cada serie, 2x/semana, durante 7 semanas, em ambiente laboral (escolas). Para determinação da carga de treinamento realizou-se o teste das 10 Repetições Máximas (10 RM), por meio de caneleiras, utilizando-se 50% das 10RM da 1ª a 4ª semana e 60% das 10RM da 5ª a 7ª semana. As professoras foram avaliadas antes e após sete semanas, para análise do comprimento músculo-tendíneo dos flexores de quadril uni e bi articulares e flexibilidade dos músculos ísquiotibiais, através de fotometria, utilizando-se da ferramenta de dimensão angular do software Corel Drawl X5. A normalidade dos resultados foi analisada pelo teste Shapiro-Wilk. Os resultados dos flexores de quadril uniarticulares (p=0,003) e biarticulares (p=0,000004), assim como dos ísquiotibiais (p=0,02) não apresentaram distribuição normal, logo, os dados foram considerados não paramétricos, comparados por meio do teste Kruskal-Wallis. O comprimento músculo-tendíneo dos flexores uniarticulares de quadril não se modificaram com o treinamento de resistência (GTR pré 11± 7° vs GTR pós 8± 5°, p=1, intragrupo) e intergrupos (GC pós 11± 7° vs GTR pós 8± 5°, p=1). O mesmo foi encontrado para flexores biarticulares de quadril (GTR pré 7± 8° vs GTR pós 7± 7°, p=1, intragrupo) e intergrupos (GC pós =6± 5 vs GTR pós 7± 7°, p=1). O treinamento também não induziu alteração na flexibilidade dos músculos ísquiotibiais (GTR pré 11± 7° vs GTR pós 8± 5°, p=1, intragrupo) e intergrupos ( GC pós 11± 7° vs GTR pós 8± 5°, p=1). O protocolo de treinamento de resistência, realizado apenas 2x/semana, em cadeia cinética aberta, não interferiu no comprimento músculo-tendíneo e flexibilidade dos extensores e flexores de joelho, respectivamente. Sugerem-se estudos futuros investigando outros ângulos, cadeias e frequências de treinamento, por interferirem na adaptação músculo-tendínea ao exercício.