Aluno de Iniciação Científica: Mayara Eggert (IC-Voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Walfrido Kühl Svoboda
Co-Orientador: Yanna Dantas Rattmann
Colaborador: Daniel Miranda Andretta, Beatriz Böger, Tatiana Carneiro da Rocha
Departamento: Saúde Comunitária
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: West Nile , Arboviroses , Saúde Púlica
Área de Conhecimento: 40602001 - SAÚDE PÚBLICA

O Vírus do Nilo Ocidental (WNV) é um dos arbovírus mais difundidos em mosquitos, pássaros e humanos, sendo responsável pela manifestação da Febre do Nilo Ocidental (WNF) que apresenta uma maior prevalência em países da América do Norte, onde acometeu, até 2007, 27.000 pessoas com 1100 mortes nos EUA (GOEZ-RIVILLAS, 2010). Desde 1956, com a ocorrência do primeiro caso no Egito, é sabida a existência de susceptibilidade em equinos que, somente nos EUA, já ultrapassam os 25.000 casos. Houve ainda a morte de 42 animais no Marrocos no ano de 1996; 6 na Itália em 98 e 21 na França em 2000 (SÁNCHEZ-SECO, 2005). Recentemente, em 2001 e 2002, surgem casos em crocodilos dos EUA, nos quais 1350 animais morreram com a encefalite (HERNÁNDEZ, 2009). No Brasil, as primeiras evidências sorológicas da circulação dos vírus surgiram em equinos no ano de 2011, na região do Pantanal mato-grossense, sugerindo uma circulação do vírus entre os anos de 2005 e 2009, porém o mesmo não causou nenhum sinal clínico em animais ou humanos (PAUVOLID-CORREA, 2011). A partir de estudos sorológicos e de detecção viral encontrou-se uma infinidade de animais susceptíveis à infecção viral, totalizando mais de 200 espécies de aves, além de répteis, anfíbios e mamíferos. (HIDALGO-MARTINÉZ, 2008; FLORES, 2009). O monitoramento da circulação do WNV fornece evidências de que alguns dos animais, especialmente aves, podem atuar como fonte de multiplicação do vírus e/ou de material genético para a diversificação do WNV humano, evidenciando o potencial zoonótico deste (HERNÁNDEZ, 20009). O objetivo do estudo foi realizar revisão bibliográfica ampla e abrangente de trabalhos e pesquisas que demonstrem a importância da vigilância da circulação de WNV em animais susceptíveis. A metodologia empregada foi a busca sistemática de trabalhos de pesquisa nas bases de dados relacionados com a presença de WNV em animais no período de 2003-2011. Como resultados preliminares foi possível verificar que embora várias espécies tenham sido relatadas como reagentes sorologicamente, poucas têm seu papel no ciclo do vírus especificado, acreditando-se que consistam em apenas "sentinelas" da circulação do vírus e não fonte de infecção aos vetores. Com base nos dados obtidos na revisão bibliográfica é notória a necessidade de novos estudos sobre a circulação e atuação do vírus no Brasil, bem como da estruturação da vigilância de epizootias para esta e outras arboviroses a fim de evitar o surgimento de epidemias e epizootias causadas pelo WNV.

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