Aluno de Iniciação Científica: Sabrina Espindola Vieira (UFPR-EXTENSÃO)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Alexander Welker Biondo
Co-Orientador: Walfrido Kuhl Svoboda
Colaborador: Michele Maria Losso, Karen Cristina de Araújo Gehrke, Pedro Irineu Teider Junior
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Teatro , Educação infantil , Saúde animal
Área de Conhecimento: 40602001 - SAÚDE PÚBLICA

O crescente número de famílias que adotam animais para companhia na cidade de Curitiba e região metropolitana vem trazendo consigo questões de extrema importância para saúde pública como zoonoses, bem-estar animal e guarda responsável, que podem ser trabalhadas de modo a evitar o abandono e controlar o número de animais errantes na região. Entre os métodos utilizados para trabalhar com esta realidade encontra-se a educação em saúde, e para que os resultados observados sejam de longo prazo a população infantil é a mais indicada, pois os conhecimentos repassados às crianças, grandes disseminadoras de saber, perduram por toda a sua vida, tornando-as uma geração consciente. Estudos mostram que crianças do ensino fundamental assimilam mais o conhecimento se este for apresentado em forma de teatros. Assim, como maneira alternativa de educação, desde 2010 foram iniciadas apresentações de teatro de fantoches para alunos do ensino fundamental nas escolas do município de Piraquara. O roteiro envolve os temas de bem-estar animal, guarda responsável, zoonoses e qualidade da água e é dividido em três blocos: o primeiro sobre o bem-estar de um jumento, o segundo sobre dois cães, um errante e um domiciliado cujo proprietário possui guarda responsável e o último sobre duas gatas que discutem sobre o conceito de zoonoses, em especial a toxoplasmose. Após o teatro, também são reforçados alguns conceitos em uma conversa direta com as crianças e em seguida é aplicado um questionário para avaliar o conteúdo absorvido pelos alunos. 369 crianças assistiram ao teatro e responderam os questionários, que continham questões sobre guarda-responsável, zoonoses e bem-estar animal. Dos dados referentes ao período de 2010 foi possível observar que 262/369 (71%) das crianças responderam que o local adequado para criação dos animais é junto aos donos, 22/369 (5,96%) soltos na rua e 17/369 (4,61%) não responderam, em relação às zoonoses, 218/369 (59,07%) acertaram o conceito e 16/369 (4,33%) não responderam, por fim, em relação à guarda responsável, 362/369 (87,26%) marcaram que o correto é cuidar dos seus animais, 27/369 (7,31%) responderam que o correto é deixar os animais soltos nas ruas e 12/369 (3,25%) não responderam. Destes dados observa-se que o ensino por meio de teatro pode substituir a realização de palestras sobre saúde ambiental, garantindo maior interação das crianças de uma forma mais divertida e espontânea, o que leva à conclusão de que os fantoches podem ser utilizados como ferramenta alternativa ou adicional ao ensino de saúde ambiental nas escolas.

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