O QUE ACONTECE EM CURITIBA COM OS CÃES APÓS AS CASTRAÇÕES?
Aluno de Iniciação Científica: Pedro Irineu Teider Junior (UFPR-EXTENSÃO)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Alexander Welker Biondo
Co-Orientador: Simone Tostes de Oliveira Stedile
Colaborador: Camila Marinelli Martins, Georgia Andrade Ricciardela.
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Cães , Castrações , ONGs
Área de Conhecimento: 40602001 - SAÚDE PÚBLICA
O aumento crescente de animais de rua tem se tornado um problema nos grandes centros urbanos. Neste cenário, as organizações não governamentais (ONGs) têm um papel importante no manejo populacional destes animais nas ruas, atuando na linha de frente da esterilização em massa e incentivo às adoções. O objetivo deste estudo foi monitorar proprietários de cães esterilizados por ONGs na região de Curitiba, estado do Paraná, e avaliar a situação em que se encontram estes animais nas residências. A ONG Quatro Patas foi contactada e disponibilizou o cadastro no período de janeiro de 2007 a abril de 2011. Foram feitas ligações telefônicas aos proprietários para localização dos animais e para aplicação verbal de um questionário sobre o animal, sua saúde e o ambiente em que vivia. Os dados foram tabulados em planilhas do Excel. Do total de ligações, em 662/800 (82.8%) houve algum problema no cadastro ou na localização do proprietário. Dos questionários respondidos, 122/138 (88,4%) eram fêmeas. Sobre a situação em que se encontram os animais: 94/138 (68,1%) estão na residência, 33/138 (21,0%) foram re-doados, 5/138 (3,6%) morreram, 4/138 (2,8%) fugiram, e 2/138 (1,4%) dos proprietários não souberam informar. Embora os animais tenham sido adotados previamente às castração pela ONG Quatro Patas, 133/138 (96,3%) proprietários afirmaram estar satisfeitos com a adoção. Quanto à ida ao veterinário, 67/138 (48,5%) proprietários levaram seus animais, a última vacinação e/ou aplicação de vermífugo, em 66/138 (47,8%) foi há menos de um ano, 28/138 (20,3%) animais usam coleira e 24/138 (17,4%) têm acesso à rua. Estas quatro últimas perguntas foram consideradas como parâmetros de avaliação de guarda responsável e foram considerados satisfátórios. O baixo índice de sucesso nas ligações telefônicas pós-castração foi reflexo provável dos voluntários terem trazido os cães para as castrações e os devolvido aos seus donos em comunidades carentes ou às ruas. Em conclusão, um segundo contato telefônico do voluntário deveria ser incluído na ficha de cadastro e ainda, tornar padrão para as ONGs brasileiras o monitoramento dos animais castrados por eles, obtendo com isso, um maior controle dos animais que passam por essas organizações.