AVALIAÇÃO PÓS-CASTRAÇÃO DOS ANIMAIS ATENDIDOS PELO PROGRAMA DE CONTROLE POPULACIONAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-PR
Aluno de Iniciação Científica: Leticia Warde Luis (UFPR-EXTENSÃO)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Simone Tostes de Oliveira Stedile
Co-Orientador: Alexander Welker Biondo
Colaborador: Suzana Rocha, Maysa Pellizzaro, Karin Gomes, Dariane Catapan, Graziela Cunha
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Esterilização Cirúrgica , Guarda Responsável , Saúde Pública
Área de Conhecimento: 40602001 - SAÚDE PÚBLICA
O programa de Controle Ético da População Canina e Felina do município de São José dos Pinhais-PR, na Região Metropolitana de Curitiba, desenvolve propostas que associam ações de esterilização cirúrgica, guarda responsável e educação em saúde, visando reduzir os agravos decorrentes da presença de animais nas ruas. Todos os animais castrados passaram por uma avaliação clínica prévia à cirurgia e seus proprietários participaram de uma palestra sobre guarda responsável, sendo esta, um pré-requisito para a continuidade no Programa. O objetivo deste trabalho foi verificar as principais mudanças que a castração implica aos animais seis meses após terem sido submetidos ao procedimento. Foram avaliados 79 animais que ainda se mantinham com o mesmo proprietário após a castração, no período de agosto a setembro de 2011. Dos 79 animais, 64,6% (51/79) foram da espécie canina e 35,4% (28/79) felina. Os pacientes foram separados por faixa etária, em filhotes (16,4% - 13/79), adultos, de 1-8 anos (78,5% - 62/79) e geriátricos (5,1% - 4/79). Quanto ao sexo, 70% (56/79) dos animais foram fêmeas. A maioria (63,1% - 24/38) dos proprietários, quando questionada por que buscou a castração, afirmou ser para evitar crias indesejadas. Na opinião do proprietário, após a castração, 100% (79/79) dos animais estavam saudáveis. Apenas 2,5% (2/79) dos animais avaliados sofreram algum tipo de complicação após a cirurgia e 51,9% (41/79) engordaram. Dos animais avaliados, 20,3% (16/79) sofreram alterações comportamentais, entre elas o animal estar mais calmo (56,2% - 9/16), mais caseiro (25% - 4/16), mais agitado (18,5% - 3/16) e diminuição da demarcação de território (6,2% - 1/16). Portanto, este estudo evidencia que a castração realizada pelo município dificilmente tem causado complicações pós-cirúrgicas, porém pode levar ao ganho de peso. O número de animais que sofreram alterações comportamentais foi relativamente baixo, uma vez que o comportamento, muitas vezes, é um hábito adquirido pelo animal, podendo ou não ter influência hormonal, logo, a castração pode ou não afetá-los. Por fim, todos os proprietários entrevistados ficaram satisfeitos com o serviço e concordam com a continuidade do programa.