Aluno de Iniciação Científica: Helena Baggio Soares (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Simone Tostes Oliveira Stedile
Co-Orientador: Alexander Welker Biondo
Colaborador: Cristiane Conceição Barros, Lucas Lubasinski Daniel, Mariana Yumi Takahashi Kamoi
Departamento: Medicina Veterinária
Setor: Ciências Agrárias
Palavras-chave: guarda responsável , controle populacional , saúde pública
Área de Conhecimento: 40602001 - SAÚDE PÚBLICA

É importante para a saúde pública e para o incentivo da guarda responsável que dados sobre número de animais e percepção da população sobre os animais domésticos de um local sejam conhecidos. Com o objetivo de obter estes dados, iniciou-se no Bairro Maria Antonieta, no município de Pinhais (PR) uma pesquisa por amostragem dos cães e gatos domiciliados e semi-domiciliados.  O número total de casas do Bairro foi fornecido pela Prefeitura e o número de casas para a amostragem foi determinado por meio de cálculo estatístico. Os voluntários foram alunos de Medicina Veterinária previamente treinados e divididos em equipes para a coleta dos dados.  Foram visitadas 345 casas, onde residem um total de 1354 pessoas (3,89 pessoas/residência), entre elas 298 crianças menores de 12 anos (0,86 crianças/residência). 56,4% das casas possuem entre 1 e 2 cães e 22% possui algum gato; a amostra perfez um total de 569 cães (média de 1,63 cães/residência) e 137 gatos (média de 0,44/residência). Extrapolando essa amostra para o total de residências (1662), estima-se que a população de cães e gatos do bairro é de aproximadamente 2740 e 746, respectivamente. Em relação às vacinas dadas aos seus animais de estimação, 59,6% afirmaram terem dado tanto a vacina antirábica quanto a vacina múltipla, enquanto 22,5% não deram nenhuma das duas. Ao perguntar se os animais eram levados regularmente ao veterinário, 65% disseram que não. Sobre a identificação do animal, 70% das pessoas não usa coleira em seus animais, 27% usa coleira sem identificação e a minoria (2,8%) usa coleira com identificação. A identificação do animal é um dos pontos mais importantes relacionados com a guarda responsável, juntamente com não deixar o animal ter acesso à rua. Sobre a origem dos cães de rua, 182 pessoas acreditam que os animais sejam abandonados por pessoas do próprio município e 116 pessoas responderam que são cães que possuem dono, mas ficam soltos. Nas questões sobre controle populacional dos animais de rua, 96% dos entrevistados se dizem a favor sendo que 152 de 422 pessoas acreditam que a castração é o melhor método. Além de fazer parte do controle populacional e controle de zoonoses, a castração dos animais também faz parte da guarda responsável. Quando questionados sobre ser a favor, contra ou indiferente a carrocinha, 55,8% diz ser a favor, porém 69,9% não sabiam o destino dos animais recolhidos por esta. Com esses dados coletados, podem-se nortear ações que visam estabelecer uma cultura de guarda responsável e, consequentemente, diminuir os agravos à saúde pública e à saúde dos animais. 

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