PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS: CONSUMO E ADESÃO DE ANTI-HIPERTENSIVOS E ANTIDIABÉTICOS 

Aluno de Iniciação Científica: Tatiane Dourado dos Santos (IC-Voluntária)
Curso: Saúde Coletiva - Bacharelado (Setor Litoral) (N)
Orientador: Milene Zanoni da Silva Vosgerau
Colaborador: Paola Mariana dos Santos Leite
Departamento: Saúde Comunitária
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Doenças Crônicas , Tratamento , Adesão
Área de Conhecimento: 40600009 - SAÚDE COLETIVA

Este trabalho teve por objetivo identificar a prevalência de hipertensão arterial e diabetes mellitus, traçar o padrão de consumo de medicamentos anti-hipertensivos e antidiabéticos e verificar a adesão ao tratamento medicamentoso em residentes do município de Matinhos/PR. A amostra foi constituída, por moradores de Matinhos, com 40 anos ou mais. Para a coleta de dados foi aplicado um questionário semi-estruturado, por meio de entrevista, que continha questões sobre hipertensão, diabetes, consumo e adesão de anti-hipertensivos e antidiabéticos.  Foram entrevistados 638 indivíduos, destes 40,6% se referiram hipertensos, 16,8% diabéticos, e 12,2% diabéticos e hipertensos.  Dos entrevistados, 225 (35,3%) tomavam medicamentos anti-hipertensivos, 77 (12,1%) antidiabéticos e 59 (9,4%) antidiabéticos e anti-hipertensivos. Quanto aos medicamentos, foi identificado 868 tipos de medicamentos de uso contínuo. Os mais utilizados de acordo com o grupo terapêutico da ATC CODE foram as classes: C09 – agentes que atuam sobre o sistema renina-angiotensina (21,5%); A10 – medicamentos para diabetes (12,8%), CO3 - diuréticos (10,8%) e CO7 – betabloqueadores (8,4% ). De acordo com o grupo farmacológico, foram os mais referenciados: C09A – Inibidores da enzima de conversão da angiotensina simples (17%), A1OB –  hipoglicemiantes orais (12%), C07A – betabloqueadores (8,3%) e C03A – diuréticos tizíacos (7,1%). Os princípios ativos mais referidos foram: hidrocloritiazida (25%), captopril (10,1%), enalapril (7,2%) e metformina (6,9%). Quanto à adesão à terapia de anti-hipertensivos e antidiabéticos, foi identificado que dos 225 hipertensos que consumiam  anti-hipertensivos 63,5% aderiam a terapia e, dos 77 diabéticos que consumiam antidiabéticos  58% aderiam ao tratamento. Nota-se através dos achados, que mesmo em face de forte estratégia da saúde pública, no sentido de identificar precocemente as duas patologias e oferecer acima de tudo tratamento gratuito e acompanhamento integral e multiprofissional, ainda pode-se identificar dificuldades dos usuários em aderir ao tratamento medicamentoso, o que nos sugere ineficácia das políticas públicas, no controle das DCNT (doenças crônicas não-transmissíveis). Portanto, verifica-se a necessidade de melhorias nas estratégias de atenção e controle da adesão às terapias, e maior apoio multiprofissional, ou seja, percebe-se a necessidade de reorientação da atenção primária para que haja a identificação de fatores e ocorrências de não adesão aos tratamentos de forma mais efetiva. 

 

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