PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO ENTRE ESCOLARES DA MESORREGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

Aluno de Iniciação Científica: Evelyn Kultum Opuszka (IC-Voluntária)
Curso: Nutrição
Orientador: Suely Teresinha Schmidt
Co-Orientador: Cláudia Choma Bettega Almeida
Departamento: Nutrição
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: avaliação nutricional , adolescentes , idh
Área de Conhecimento: 40503003 - ANÁLISE NUTRICIONAL DE POPULAÇÃO

O excesso de peso em adolescentes é preocupante devido ao risco aumentado de sua persistência na idade adulta e pelos riscos de doenças a ela relacionadas. Entre os fatores que levam a ocorrência de tais problemas estão os genéticos e os ambientais.  Este estudo é parte de um projeto desenvolvido entre a Superintendência de Desenvolvimento Escolar (SUDE) e o Departamento de Nutrição – UFPR (DNUT).   Medidas antropométricas dos escolares de todo o estado são coletadas anualmente por educadores físicos em toda rede pública estadual. Os dados deste estudo, referentes ao universo de escolares da Mesorregião Metropolitana de Curitiba - 250 mil estudantes, foram disponibilizados pela SUDE ao DNUT. Este estudo teve como objetivos avaliar o excesso de peso (EP) de escolares entre 10 e 19 anos completos matriculados em escolas da rede pública estadual da Mesorregião Metropolitana de Curitiba e correlacionar as prevalências com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal –IDH-M (2000), taxa de pobreza municipal (TP) (2000) e Índice IPARDES de Desenvolvimento Municipal (IPDM), de 2008. A avaliação do estado nutricional dos escolares foi efetuada segundo o Índice de Massa Corpórea, de acordo com os valores de referência da Organização Mundial da Saúde de 2007. O excesso de peso dos escolares dos 37 municípios estudados obteve uma média de 24,32%, sendo a maior prevalência encontrada em Tunas do Paraná (37,27%) e a menor no município de Doutor Ulysses (18,43%). Curitiba foi o município com 2ª maior prevalência (27,1%).  Quando comparadas as prevalências de excesso de peso com o IDH-M alto (> 0,800) e médio (de 0,599 a 0,799), a diferença é pequena: 24,22% no IDHM médio e 25,08 no alto.  Em municípios com altas taxas de pobreza (>30%) o excesso de peso atingiu cerca de 23%. Em relação ao IPDM, o comportamento é semelhante às prevalências do IDH, ou seja, nos municípios com baixo índice, 23,89% e naqueles com alto IPDM, 24,78% de excesso de peso. Portanto, as prevalências de excesso de peso foram altas entre os adolescentes deste estudo e são semelhantes nos municípios com médio e alto IDH, ou naqueles com baixo e alto IPDM, assim como naqueles com altas taxas de pobreza. São necessários mais estudos e a implantação de políticas públicas para a redução das prevalências de excesso de peso entre os adolescentes, superando desigualdades socioeconômicas, que ao longo da história de um território se materializam interferindo no processo saúde-doença e na determinação do estado nutricional de sua população.

 

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