AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO DE HIDROPERÓXIDOS EM PULMÃO DE RATOS WISTAR ASMÁTICOS SUPLEMENTADOS COM ÔMEGA-3 E VITAMINA E
Aluno de Iniciação Científica: Bruna Carolina Lui Dias (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Farmácia
Orientador: Anita Nishiyama
Co-Orientador: Ana Lucia Zanatta
Colaborador: Dalva Teresinha de Souza Zardo Miranda, Mariana da Costa Massaro, Rodrigo Martinez de Campos
Departamento: Fisiologia
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: hidroperóxidos lipídicos , asma , óleo de peixe
Área de Conhecimento: 40501000 - BIOQUÍMICA DA NUTRIÇÃO
O objetivo do estudo foi quantificar hidroperóxidos lipídicos, proteínas totais e determinar o perfil citológico em ratos asmáticos suplementados com óleo de peixe e vitamina E. Foram utilizados ratos machos Wistar, pesando 220 ± 20g, separados em grupo controle (C), asmático (A), suplementado com óleo de peixe (OP), asmático suplementado com óleo de peixe (AS) e asmático suplementado com óleo de peixe e vitamina E (ASE). A dose administrada de óleo de peixe foi de 1 g/Kg de peso corpóreo (p.c.) e de vitamina E de 100 mg/Kg de p.c. durante 21 dias. A indução à asma nos grupos A, AS e ASE ocorreu por sensibilização e exposição à ovalbumina. Após a ortotanasia dos ratos, foram coletados os pulmões para a quantificação de hidroperóxidos lipídicos, através da redução da trifenilfosfina. Também foi coletado o lavado broncoalveolar para a contagem total e diferencial de células e dosagem de proteínas totais (pelo método de Bradford). Os dados foram expressos como média ± erro padrão da média e a análise estatística realizada por ANOVA. O número total de células mostrou-se aumentado (p< 0,05) no grupo A (3,33 x 106 ± 0,43) em relação ao grupo C (1,29 x 106 ± 0,12). Houve diminuição (p< 0,05) do valor do grupo AS (2,04 x 106 ± 0,20) em relação ao grupo A, ficando estatisticamente igual ao grupo C. O grupo ASE (2,91 x 106 ± 0,46) mostrou-se aumentado (p< 0,05) em relação ao AS e sem diferença significativa do grupo A. Na contagem diferencial de células as porcentagens dos eosinófilos foram menores (p< 0,05) no grupo AS (9,91% ± 3,94) e maiores (p< 0,05) no grupo ASE (25,29% ± 9,02), ambos em relação ao grupo A (13,11% ± 4,74). O valor das proteínas totais no grupo A (133,2 µg/ml ± 20,39) apresentou-se maior (p< 0,05) do que nos grupos C (56,36 µg/ml ± 5,02) e OP (64,68 µg/ml ± 11,47). Os grupos AS (229,1 µg/ml ± 27,53) e ASE (208,6 µg/ml ± 18,86) mostraram-se aumentados (p< 0,05) em relação ao A. Na quantificação de hidroperóxidos, o resultado do grupo A (120,2 ± 11,27 nmol/mg de proteína) foi maior (p< 0,05) que o do grupo C (74,77 ± 9,32 nmol/mg de proteínas). Os valores, tanto do grupo AS (72,19 ± 7,33 nmol/mg de proteína) quanto do ASE (61,54 ± 5,96 nmol/mg de proteína), diminuíram (p< 0,05) em relação ao A, ficando igual ao C. Isto demonstra que o óleo de peixe, independente da vitamina E, diminuiu a peroxidação lipídica pulmonar em ratos asmáticos. Assim, a vitamina E adicionada ao óleo de peixe modifica de forma diferenciada parâmetros da inflamação asmática.