PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE AGRAVOS NO ÂMBITO DA EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR NA PERSPECTIVA DA SAÚDE COLETIVA

Aluno de Iniciação Científica: José Mario Rabone Junior (PIBIC/CNPq)
Curso: Enfermagem
Orientador: Liliana Müller Larocca
Co-Orientador: Adeli Regina Prizybicien de Medeiros
Colaborador: Maria Marta Nolasco Chaves, Clea Elisa Lopes Ribeiro, Suzana Dal-Ri Moreira
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Enfermagem em Saúde Pública , Violência Sexual , Saúde do Homem
Área de Conhecimento: 40406008 - ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA

A violência, apesar de presente nas mais diversas sociedades humanas, vem passando por um processo de modernização, constituindo-se determinante do processo saúde-doença. É importante destacar a relação entre o gênero masculino e a violência, sendo possível afirmar que a violência é fundante da própria masculinidade. O que leva à indagação: e quando o homem é o agredido? Assim sendo, o objeto deste estudo está nos processos de saúde e doença enfrentados pelos homens que são vítimas de violência sexual e em sua relação com as características sócio-estruturais que os determinam. Os objetivos foram: estabelecer a determinação social da violência sexual praticada contra homens e categorizar o atendimento ao homem vítima desta violência sob a perspectiva da saúde coletiva. Este estudo foi dividido em duas partes, sendo que este resumo se refere à parte inicial, que buscou reconhecer o perfil epidemiológico dos homens vítimas de abuso sexual atendidos no cenário pesquisado. Metodologicamente se trata de um estudo exploratório, inspirado no pensamento materialista histórico dialético e na Teoria de Intervenção Práxica de Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC). Os sujeitos foram todos os casos notificados de violência sexual contra homens no Serviço de Epidemiologia do HC/UFPR entre os anos de 2009 e 2011, totalizando 42. Os dados foram coletados no SINAN e, na próxima fase do estudo, serão analisados conforme a TIPESC. O estudo foi aprovado no CEP/SCS. Os dados obtidos mostraram que a faixa etária predominante é de 10 a 14 anos (21). No campo raça obteve-se que as vítimas são majoritariamente da cor branca (27). Na categoria agressor o maior número de casos é Amigos/Conhecidos (16); em relação à recorrência 8 afirmaram já ter sido vítima de agressão antes, havendo expressividade no número de ignorados (14).  Ao final desta etapa foi possível aproximar os pesquisadores deste grupo epidemiológico, colecionando dados que serão necessários para uma abordagem mais profunda, embasada na Epidemiologia Crítica, a fim de caracterizar a determinação social deste agravo. Também foi possível apontar para uma possível insuficiência de dados sócio-econômicos e familiares na ficha de notificação, que possibilitariam um conhecimento mais profundo sobre as características sociais de classe destas famílias, que determinam os processos de reprodução social que são impostos a estas e suas facetas protetoras e destrutivas.

 

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