A PRÁTICA DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA O CÂNCER DE MAMA JUNTO ÀS USUÁRIAS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE

Aluno de Iniciação Científica: GISELE BASSO ZANLORENZI (PIBIC/CNPq)
Curso: Enfermagem
Orientador: MARILENE LOEWEN WALL
Colaborador: DEISI CRISTINE FORLIN, JULIANA TAQUES PESSOA DA SILVEIRA
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Enfermagem , Câncer de Mama , Modelos de Cuidado
Área de Conhecimento: 40406008 - ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA

Dentre os maiores problemas de saúde pública vivenciados no Brasil, nos deparamos com o câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 52. 680 novos casos da doença são esperados para o ano de 2012 no Brasil. O temor referente a esta patologia relaciona-se além dos fatores fisiológicos, emocionais e sociais, pois não há como preveni-la, apenas detectá-la precocemente. Quando detectada em estágios inicias, esta neoplasia possibilita prognósticos favoráveis e até mesmo a cura. Assim, objetivou-se identificar a prática de cuidado de enfermagem na atenção primária quanto ao câncer de mama em mulheres junto às usuárias de uma Unidade Básica de Saúde de Curitiba. Corresponde a uma pesquisa de campo qualitativa descritiva, com análise dos dados fundamentada em Creswell, seguindo os seis passos sugeridos pelo autor. A amostra foi composta por 20 mulheres, sendo essas majoritariamente casadas, com 1º incompleto, idade entre 50 e 69 anos e com profissão "do lar". O conceito de câncer de mama está associado a autopalpação; quase metade das mulheres negam terem sido orientadas por profissionais da saúde. Os fatores de risco são desconhecidos por grande parte das entrevistadas, e quanto aos questionados à luz da literatura, o histórico familiar foi o mais lembrado, seguido pela má alimentação, ingestão regular de álcool e uso contínuo da pílula. Observou-se relação entre o conhecimento da entrevistada e a escolaridade. Uma das únicas da amostra que apresentou maior conhecimento quanto aos fatores de risco tem 3º incompleto, e a outra que referiu o mesmo número de fatores tem o 2º completo. Quanto aos meios de detecção precoce, o autoexame das mamas foi mais lembrado, seguido pela mamografia. Ao usar a terminologia autoexame, apenas metade da amostra referiu conhecimento desse, mas ao falar em autopalpação, a resposta positiva foi unanime, porém, a realização do mesmo foi negada por muitas. A enfermeira foi o segundo profissional de saúde mais citado como informante, sendo as consultas o local das orientações. Quanto ao exame clínico das mamas, parte da amostra nunca foi examinada, inclusive mulheres que apresentaram alterações mamárias e fazem a mamografia. O conhecimento da mamografia foi associado a sua prática, sendo referido pela maioria das mulheres. As informações referidas pelas entrevistadas estão de acordo com o preconizado em programas de controle do câncer de mama, no entanto a sua prática ainda é deficitária, estimulando ações mais efetivas dos profissionais de saúde. Palavras-chave: câncer de mama; atenção primária; enfermagem em saúde pública.

 

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