VULNERABILIDADE INDIVIDUAL NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL:  ABANDONO NA INFÂNCIA

Aluno de Iniciação Científica: Daniel Ignacio da Silva (Outro)
Curso: Enfermagem
Orientador: Verônica de Azevedo Mazza
Colaborador: Talitha Ribeiro Moraes
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Vulnerabilidade , Desenvolvimento infantil , Enfermagem em Saúde Comunitária
Área de Conhecimento: 40406008 - ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA

A ausência ou a deficiência das relações sustentadoras e os vínculos afetivos dos cuidadores para com a criança, podem resultar em comprometimento significativo nas funções cognitivas e emocionais. Um ambiente com estímulos inadequados e insuficientes pode compor estas situações de vulnerabilidade que podem ser minimizadas pelo apoio e estímulos para o desenvolvimento da criança. Este estudo teve o objetivo de conhecer a percepção do enfermeiro sobre a influência dos laços afetivos na vulnerabilidade individual da criança diante de obstáculos para o seu desenvolvimento. Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa, desenvolvido em unidades básicas de saúde com Estratégia Saúde da Família (ESF) localizadas em distritos sanitários da cidade de Curitiba-PR que apresentavam concomitantemente os resultados de Indicadores de Inserção Social e de Qualidade do Domicílio iguais ou inferiores à média do Município. Os distritos sanitários escolhidos conforme os critérios acima estabelecidos foram: Cajuru, Boqueirão, Bairro Novo, Pinheirinho e CIC.  Os sujeitos da pesquisa foram 39 enfermeiros que compunham as equipes das unidades referidas e cumpriam os critérios de inclusão: lotação na área de maior risco social e epidemiológico da unidade e dois anos completos de atuação na ESF.  A coleta dos dados ocorreu no período de fevereiro a março de 2012, por meio de entrevistas individuais semiestruturadas. Os resultados foram transcritos, digitados e analisados de acordo com o referencial metodológico da hermenêutica dialética. Foi identificada uma categoria:  Abandono dos filhos pelos pais.  O enfermeiro da ESF reconhece que a vulnerabilidade individual da criança diante de obstáculos para o seu desenvolvimento, é influenciada pelo abandono dos filhos pelos pais, devido o envolvimento destes com drogas e criminalidade, pela falta de compromisso da família para com a criança, pela falta de estrutura psicossocial da mãe, e pelo excesso de filhos. Entende-se que o Estado necessita ampliar a promoção social das famílias e garantir a proteção integral das crianças.  Assim como, a percepção desta vulnerabilidade individual da criança, permitirá que o enfermeiro construa modelos de cuidado, de acordo como os princípios da equidade e integralidade e que atendam as necessidades das crianças e suas famílias.

 

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