PERFIL SOCIDEMOGRÁFICO DE CUIDADORES FAMILIARES DE PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS
Aluno de Iniciação Científica: Maressa Gasparoto Lenglube Lisboa (PIBIC/CNPq)
Curso: Enfermagem
Orientador: Nen Nalú Alves das Mercês
Colaborador: Carolini Caiafa, Isabelle Bertoli
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Cuidado , transplante de Células-Tronco Hematopoéticas , Familiar
Área de Conhecimento: 40401006 - ENFERMAGEM MÉDICO-CIRÚRGICA
Com o objetivo de substituir o órgão hematopoético enfermo, é realizado o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH), através da infusão de células-tronco extraídas de um doador aparentado, não aparentado ou mesmo das células do próprio paciente no tratamento de inúmeras doenças, malignas ou não, que em muitos casos já não possuem outra opção terapêutica. Cada fase do transplante tem suas especificidades. O período pós-alta hospitalar é marcado pela maior responsabilidade do cuidador familiar. Ele será aquela pessoa que assumirá a maior parte dos cuidados, tendo uma afinidade física e afetiva com o transplantado. O cuidado pode ser entendido como tomar conta, assegurar a continuidade de vida de um individuo. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, cujo objetivo é caracterizar o perfil sociodemográfico dos familiares cuidadores de pacientes submetidos ao TCTH. Foi realizada em um Serviço de TCTH, do Sul do Brasil. A coleta de dados foi no período de agosto de 2010 a maio 2012, através de entrevista semi-estruturada. Os dados foram tabulados e posteriormente analisados. Os princípios éticos determinados na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde foram respeitados, e pesquisa foi aprovada pelo parecer do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná n° 2274.168/2010-07. A amostra constituiu-se de 27 familiares. Desses, apenas um era do sexo masculino; 74% eram mães dos transplantados. A idade variou entre 27 e 65 anos, sendo a idade média 42 anos. Daqueles que informaram a religião, 82,6% são católicos e os demais evangélicos. O estado civil com predominância de casados (66,7%). Apenas quatro fizeram ensino superior, poucos terminaram o ensino médio (5), dois fizeram o ensino médio incompleto, quatro o ensino fundamental completo e onze não terminaram o ensino fundamental. Em relação à questão sobre atividade ocupacional são donas de casa em 59,2%. Quanto a procedência, a maioria dos familiares e transplantados são provenientes da região Sul (66,7%), seguido da região Nordeste (18,5%), do estado da Bahia. Também houve entrevistados da região Centro-Oeste e Sudeste. Conclui-se que conhecer o perfil dos familiares dos pacientes submetidos à TCTH é importante porque eles estão presentes durante todo o processo de tratamento e estão envolvidos no cuidado, devendo ser considerados também no planejamento da assistência de enfermagem.