CARACTERIZAÇÃO DOS RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS DO HOSPITAL DE CLÍNICAS, CURITIBA, 2010

Aluno de Iniciação Científica: Maria Eduarda de Luca Alves (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Enfermagem
Orientador: Márcia Helena de Souza Freire
Colaborador: Flávio Thiago da Silva Luz
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Enfermagem , Prematuro , Estatísticas Vitais
Área de Conhecimento: 40400000 - ENFERMAGEM

A prematuridade é definida por nascimentos que ocorrem antes das 37 semanas de gestação e, tem se constituído uma preocupação de saúde pública, pois leva ao aumento do risco de morte infantil e de seqüelas futuras. A redução destes nascimentos pode gerar um forte impacto no decréscimo da mortalidade infantil. Os nascimentos prematuros podem ocorrer devido a circunstâncias diversas, previníveis ou não, independendo da classe social e do binômio mãe/família. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar os nascimentos prematuros ocorridos no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, no ano de 2010. Trata-se de uma pesquisa de caracterização de cunho epidemiológico, de caráter exploratório e descritivo, e com abordagem quantitativa. Os dados trabalhados e tabulados foram obtidos do Sistema de Informação de Nascidos Vivos – SINASC – do Hospital de Clínicas, de Curitiba, no ano de 2010; esse registro tem por finalidade além de registrar todos os nascimentos que ocorrem nesta Instituição Hospitalar, o subsídio para intervenções relacionadas à saúde da mulher e da criança. Foram contabilizados 1399 nascimentos em 2010, desses 273 (19,5%) foram de nascimentos prematuros, sobre os quais se trabalharam variáveis relativas às mães e aos recém-nascidos. As variáveis relacionadas à mãe foram: idade materna com uma prevalência de 57% de mulheres entre 20 e 34 anos; número de filhos vivos, 48% das mães possuíam de 1 a 3 filhos vivos; 97,9% das mães não tiveram filhos mortos em outras gestações; quanto à escolaridade, 62% das mães possuíam de 8 a 11 anos de estudo; 64% das mães eram solteiras; 75% das mães apresentaram uma gestação variando de 32 a 36 semanas; 70% dos partos realizados foram cesáreos; 68% das mães realizaram mais de 7 consultas de pré-natal. Em relação às variáveis relacionadas aos nascidos vivos obtiveram-se as seguintes informações: 50,2% dos recém-nascidos prematuros foram do sexo masculino; 56% apresentaram Apgar no 1º minuto entre 7-10 e, 84% apresentaram Apgar no 5º minuto entre 7-10, ou seja, com ausência de dificuldade respiratória; 55% dos recém-natos possuíam baixo peso ao nascer, inferior a 2500 gramas. Diante do exposto, o presente trabalho permite aos profissionais e gestores de saúde o conhecimento do perfil da clientela de mães e recém-nascidos prematuros do HC – UFPR, que poderá ser utilizado para estudos epidemiológicos comparativos, para o planejamento de ações na esfera de atenção primária e hospitalar, para a reflexão sobre a evitabilidade do evento e de desfechos desfavoráveis para a saúde e para a vida.    

 

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