GRADUAÇÃO DA TOXICIDADE CAUSADA PELO TRATAMENTO RADIOTERÁPICO: UM TESTE PILOTO

Aluno de Iniciação Científica: Jolline Lind (PIBIC/CNPq)
Curso: Enfermagem
Orientador: Mitzy Tannia Reichembach Danski
Co-Orientador: Franciane Schneider
Colaborador: Alessandra Amaral Schwanke, Derdried Athanasio Johann
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Enfermagem , Prática clínica baseada em evidências , Pesquisa em enfermagem clínica
Área de Conhecimento: 40400000 - ENFERMAGEM

A radioterapia constitui opção terapêutica para combater o câncer de cabeça e pescoço; busca destruir as células neoplásicas impedindo sua multiplicação e determinando a morte celular. Um dos efeitos adversos mais comuns do tratamento radioterápico é a radiodermite e seu grau de toxicidade varia em uma escala de 0 a 4, segundo critérios definidos pelo Radiation Therapy Oncology Group (RTOG). Objetivou-se avaliar o grau de radiodermite desenvolvido durante tratamento radioterápico em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Trata-se de um teste piloto de um ensaio clínico randomizado duplo cego, desenvolvido no setor de Radioterapia de um hospital referência em oncologia na cidade de Curitiba/PR. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética sob registro CAAE 0043.0.088.000-11. Foram acompanhados 11 pacientes do início ao fim do tratamento, submetidos à radioterapia exclusiva, adjuvante, concomitante ou curativa, no período de outubro a novembro de 2011. Os participantes da pesquisa foram divididos em dois grupos: experimental (utilizou a calêndula por via tópica) e grupo controle (utilizou os ácidos graxos essenciais – AGE por via tópica) na prevenção e tratamento de radiodermite. Mediante técnica de randomização, os participantes foram designados aleatoriamente aos grupos do estudo. A avaliação da toxicidade da pele consistiu de exame clínico prévio à radioterapia, assim como a cada cinco dias do início ao fim do tratamento, estendendo-se a um mês após o término da radioterapia. A radiodermite foi avaliada e classificada segundo os critérios do RTOG e registradas em instrumento próprio de coleta de dados. Os resultados apontam que, do primeiro ao décimo dia de tratamento radioterápico os pacientes não apresentaram nenhum grau de radiodermite. No décimo quinto dia de tratamento um dos pacientes desenvolveu radiodermite grau 1. No vigésimo dia, sete participantes apresentavam radiodermite grau 1. A radiodermite de grau 2 apareceu somente no trigésimo dia em dois pacientes. No último dia de tratamento um dos pacientes apresentou radiodermite de grau 3. Radiodermite de grau 4 não foi desenvolvida pelos pacientes desse estudo. Trinta dias após o término do tratamento, todos os pacientes apresentavam pele íntegra. Conclui-se que houve predominância de radiodermite de grau 1 e 2, indicando a importância da atuação do enfermeiro na orientação e avaliação dos pacientes submetidos à radioterapia em região de cabeça e pescoço e que a utilização de produtos fitoterápicos provavelmente previnem, minimizam e tratam reações adversas da pele.

 

0653