A FORÇA DE PREENSÃO MANUAL COMO INDICATIVO DA CONDIÇÃO DE PRÉ-FRAGILIDADE EM IDOSOS
Aluno de Iniciação Científica: Jessica Albino (PIBIC/CNPq)
Curso: Enfermagem
Orientador: Maria Helena Lenardt
Colaborador: Dâmarys Kohlbeck de Melo Neu, Marcia Daniele Seima, Susanne Elero Betiolli
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Idoso fragilizado , Força da mão , Enfermagem
Área de Conhecimento: 40400000 - ENFERMAGEM
Trata-se de estudo quantitativo transversal, derivado de um projeto de pesquisa maior, intitulado "Efeitos da fragilidade e qualidade de vida relacionada à saúde de idosos da comunidade". O presente estudo teve como objetivo investigar a prevalência de pré-fragilidade e os fatores associados a essa condição, observando as medidas da força de preensão manual em idosos. A amostra inicial, composta de 203 idosos, foi calculada por estimativa da proporção populacional, sendo convidados a participar os idosos com idade igual ou superior a 60 anos, usuários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que aguardavam a consulta no período de setembro de 2011 a janeiro de 2012. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e screening cognitivo, obteve-se amostra final de 195 idosos. A coleta de dados aconteceu na UBS, por meio da aplicação do questionário sociodemográfico e clínico e teste de força de preensão manual (FPM). Para análise dos dados utilizou-se o software EpiInfo 6.04. Os resultados apontam que 58 (29,7%) idosos apresentam fragilidade para FPM, maioria do sexo feminino (n=35; 17,9%), faixa etária dos 60 a 69 anos (n= 24; 12,3%), viúvos (n=24; 12,3%), que residem com familiares (n=42; 21,5%) e possuem ensino fundamental incompleto (n=35; 17,9%). Apresentam problemas de saúde cardiovasculares, (n= 39; 67,24%), seguidos dos osteomusculares (n= 25; 43,10%) e metabólicos (n= 20; 34,48%). As variáveis que apresentaram relação significativa com a FPM foram idade (p< 0,001), estado civil (p=0,018), com quem mora (p=0,046), escolaridade (p=0,049), solidão (p< 0,001), quedas (p=0,020) e uso de tecnologias assistivas (p< 0,001). A relação entre FPM e os outros componentes da fragilidade foi significativa para perda de peso não intencional (p=0,011), redução do nível de atividade física (p=0,002) e diminuição da velocidade da marcha (p< 0,001). Infere-se que é moderada a prevalência (29,7%) de fragilidade para FPM. No entanto, essa medida mostrou relação significativa com variáveis sociodemográficas e clínicas, e demais componentes da síndrome de fragilidade. Pode-se considerar a FPM boa preditora dessa síndrome. Essa medida tem sido associada à força muscular geral e está fortemente associada à idade. Investigar e conhecer os fatores associados à condição de pré-fragilidade considerando a medida da FPM, é essencial para instrumentalizar o enfermeiro para intervir preventivamente na saúde dos idosos, principalmente naqueles que se encontram pré-frageis; além de contribuir para a ampliação dos conhecimentos na gerontologia.