Aluno de Iniciação Científica: Camilla Pinheiro Cristaldi da Silva (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Enfermagem
Orientador: Hellen Roehrs
Colaborador: Karla Crozeta, Janislei Stoc
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Cateter Periférico , Enfermagem , Revisão Integrativa
Área de Conhecimento: 40400000 - ENFERMAGEM

Os cateteres intravenosos periféricos (CVP) são inseridos, normalmente, na rede venosa dorsal das mãos e antebraços. Podem ser usados na Terapia Intravenosa (TIV), como um acesso para medicamentos e soluções no geral, e outros fins como coleta de sangue. A utilização do CVP possui complicações como flebite, formação de trombos, irritação no local de inserção, obstrução do dispositivo, infiltrações locais, extravazamentos e outros. Portanto, as ações de enfermagem têm por finalidade prevenir ou reduzir essas complicações. O objetivo desse trabalho é identificar as ações de enfermagem publicadas, relacionadas à TIV, com ênfase na manutenção da permeabilidade do CVP. Trata-se de uma revisão integrativa nas bases de dados LILACS, PUBMED, COCHRANE, IBECS e CINAHL. Como resultado, foram encontrados 15 estudos e oito artigos foram incluídos na pesquisa. As ações de enfermagem identificadas foram quatro: 1. Irrigação (flushing) pode ser realizada com solução salina ou com solução heparinizada, 2. Tipo de infusão pode ser contínua ou intermitente, 3. Técnica de flush intermitente, associada à pressão positiva, 4. Conhecimento técnico-científico da equipe de enfermagem em relação a essa prática. Ao analisar os artigos infere-se que a solução salina apresenta os maiores benefícios, pois é menos onerosa, não oferece riscos para os pacientes e não possui diferenças de resultados, se comparada às soluções heparinizadas. Observou-se que a técnica de pressão positiva, nas infusões intermitentes, como algo a ser praticada com cautela, pois um erro nessa técnica pode ser responsável por futuras complicações. O conhecimento técnico-científico baseado em evidências é apontado como a sustentação das ações de enfermagem e, portanto, é fundamental para o sucesso do procedimento. No entanto, existe uma falta de padronização da manutenção da permeabilidade dos CVP, o que não possibilita uma uniformidade na prática. Por isso da importância da educação continuada e reciclagem da equipe de enfermagem. Em relação ao modo de infusão, não se pode determinar o tipo, nem a frequência de flush nas lavagens intermitentes, que são mais eficazes para manter o cateter pérvio, por falta de evidências. Recomenda-se, portanto, que mais ensaios clínicos sejam feitos, na temática das ações de enfermagem para a manutenção da permeabilidade dos CVP.

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