PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO QUE REALIZAM TRATAMENTO RADIOTERÁPICO
Aluno de Iniciação Científica: Alessandra Amaral Schwanke (IC-Voluntária)
Curso: Enfermagem
Orientador: Mitzy Tannia Reichembach Danski
Co-Orientador: Franciane Schneider
Colaborador: Jolline Lind, Derdried Athanasio Johann
Departamento: Enfermagem
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: enfermagem , perfil epidemiológico , câncer de cabeça e pescoço
Área de Conhecimento: 40400000 - ENFERMAGEM
O câncer de cabeça e pescoço é um termo coletivo utilizado para descrever tumores malignos das seguintes regiões: lábio, cavidade oral, faringe, laringe, seios maxilares, cavidade nasal, seios paranasais/etmoidais, glândulas salivares e glândula tireoide. Os principais fatores de risco associados a esse tipo de câncer são tabagismo e etilismo. Objetivou-se caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço em tratamento radioterápico.Trata-se de estudo epidemiológico, prospectivo, realizado no período de outubro a novembro de 2011 em um hospital referência em oncologia na cidade de Curitiba/PR. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética sob registro CAAE 0043.0.088.000-11. O instrumento para a coleta contem dados socio-demográficos, clínicos e informações referentes ao tratamento radioterápico proposto. Os dados obtidos foram tabulados e analisados quantitativamente utilizando o programa do software Excel®. A amostra foi composta por 17 pacientes em tratamento radioterápico, 58,8% do sexo masculino, 71% sem histórico familiar de câncer e 67% com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Quanto a história clínica, prevaleceu o câncer de lábio e cavidade oral (35,3%), seguido do câncer de faringe (23,5%), laringe (17,6%), glândulas salivares (11,8%) e seios maxilares (5,9%). Entre os participantes, 82,35% afirmaram ter feito uso de cigarro e 64,70% uso de bebida alcoólica, sendo que 70,6% possuíam história de consumo de fumo e álcool associados. Destes, 41,17% mantém o hábito de fumar e 17,64% ainda consomem álcool. Observa-se um número considerável de pacientes que sofreram exposição solar (17,59%), provavelmente devido à profissão desempenhada. Em relação ao estado nutricional, nota-se que 23,52% da amostra apresentavam Índice de Massa Corporal abaixo de 18,5, sendo considerados desnutridos ao iniciar o tratamento radioterápico. A grande maioria dos pacientes inclusos no estudo realizaram algum tratamento oncológico prévio (cirurgia e/ou quimioterapia), totalizando 70,6%. Quanto a finalidade do tratamento radioterápico atual, 35,3% eram concomitantes a quimioterapia e somente 11,8% eram exclusivo, sendo 29,4% com objetivo de cura. Conclui-se que a amostra possui risco para desenvolver lesões, sendo necessário processos especializados, para tanto, conhecer o perfil epidemiológico dessa população, bem como os fatores de risco associados à esta patologia são determinantes para qualidade do cuidado prestado e a prevenção de possíveis complicações.