ANÁLISE FITOQUÍMICA E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE ZANTHOXYLUM RHOIFOLIUM LAM., RUTACEAE

Aluno de Iniciação Científica: ALINE DE FATIMA BONETTI (PIBIC/CNPq)
Curso: Farmácia
Orientador: OBDÚLIO GOMES MIGUEL
Co-Orientador: MARILIS DALLARMI MIGUEL
Colaborador: JOELLE DE MELO TURNES, VANESSA CRISTINA DIAS CANTELI, MARIA CHRISTINA VERDAM
Departamento: Farmácia
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Zanthoxylum rhoifolium Lam. , toxicidade , antioxidante
Área de Conhecimento: 40302008 - FARMACOGNOSIA

A espécie Zanthoxylum rhoifolium Lam., Rutaceae, encontrada na costa atlântica do Brasil, conhecida como mamica-de-cadela, é popularmente usada como analgésico para dor de dente e de ouvido, tônico, antipirético, antiinflamatório, antimicrobiano, anti-tumoral e no tratamento da malária e hemorróidas. Foram coletadas, nos meses de abril e junho de 2010, as cascas desta planta no Câmpus Jardim Botânico da UFPR. Elas foram submetidas à marcha fitoquímica, segundo Moreira 1979, verificando a presença dos seguintes metabólitos: alcalóides, flavonóides, quinonas, desoxi-açúcares e taninos condensados; o teor de cinzas foi determinado segundo a técnica descrita pela Farmacopéia Brasileira (1988), obtendo-se um valor médio de 3,83%.  Após isso, pra a obtenção do extrato bruto, as cascas secas e moídas foram submetidas à extração em aparelho de Soxhlet com etanol 96°GL. Parte desse extrato foi fracionado utilizando solventes de polaridade crescente para a obtenção das frações hexano, clorofórmio, acetato de etila e hidroalcoólica, as quais, assim como o extrato bruto, foram submetidas aos bioensaios de toxicidade, hemólise e antioxidante. Verificou-se toxicidade frente à Artemia salina no extrato bruto e na fração clorofórmica, visto que a DL50 para ambas as amostras foi menor que 1000 µg/mL pelo método probitos de Meyer et al (1982). A atividade hemolítica foi avaliada pelos métodos de controle de qualidade de plantas medicinais da OMS (1998) e de ágar sangue, segundo Efing, 2008. O primeiro método fundamenta-se no rompimento de eritrócitos de uma suspensão a 2% de sangue de carneiro em tampão fosfato pH 7,4, na presença de quatro concentrações diferentes de cada amostra, seguido de centrifugação; o extrato bruto e as frações acetato de etila e hexano se mostraram positivas. O segundo método baseia-se na medição do halo de hemólise provocado pelas amostras na concentração de 1000 µg; o extrato bruto e a fração acetato de etila apresentaram 35% de hemólise neste método em relação à saponina (controle positivo). A atividade antioxidante foi avaliada por espectrofotometria pela redução do radical DPPH e redução do complexo fosfomolibdênio, utilizando vitamina C e rutina como padrões. Observou-se maior potencial antioxidante frente à segunda técnica, tanto do extrato bruto quanto de suas respectivas frações, uma vez que mostraram atividades significativamente semelhantes à rutina. Por fim, a substância que se cristalizou no extrato bruto foi identificada por espectroscopia de infravermelho e RMN 13C e RMN 1H como sacarose (hexa-2-ulofuranosil-hexopiranosídeo).

 

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