OBTENÇÃO DE MICROPARTICULAS DE ALGINADO ATRAVÉS DE TÉCNICA EMULSIFICAÇÃO/GELIFICAÇÃO EXTERNA
Aluno de Iniciação Científica: CAIO CESAR TIBERIO (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Farmácia
Orientador: SANDRA MARIA WARUMBY ZANIN
Co-Orientador: GISLENE MARI FUJIWARA
Departamento: Farmácia
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Micropartículas , Fitoesteróis , Gelificação externa
Área de Conhecimento: 40301001 - FARMACOTECNIA
Os fitoesteróis são substâncias químicas encontradas e extraídas de diversas partes de espécies vegetais, incluindo sementes, frutos e óleos vegetais e possuem estrutura e função relacionadas ao colesterol. Dentre os já identificados os mais abundantes são sitosterol, estigmasterol e campesterol, classificados como 4-desmetilesterol. O interesse pelos fitoesteróis iniciou nos anos de 1950, quando uma equipe de pesquisadores demonstrou a relação do consumo destas substâncias com a redução dos níveis de colesterol em aves. Porém, somente nas duas últimas décadas é que pesquisas avançaram para a melhor compreensão das atividades farmacológicas e das possibilidades de uso dos fitoesteróis. Devido a sua comprovada ação hipocolesterolêmica e antiaterogênica, houve a tendência de se enriquecer alimentos como margarinas, molhos de saladas, biscoitos e iogurtes com ésteres de fitoesteróis, na tentativa de aumentar o consumo destas substâncias. O estigmasterol é um fitoesterol normalmente isolado da soja ou Fava-de-Calabar, cujas atividades farmacológicas estão relacionadas aos demais e é utilizado como matéria-prima na síntese de medicamentos esteroidais. No entanto, apesar do seu potencial farmacológico, os fitoesteróis são pouco absorvidos pelo organismo e facilmente oxidados quando expostos ao oxigênio, exigindo o desenvolvimento de metodologias que minimizem estes problemas como a emulsificação e o microencapsulação. Este trabalho teve como objetivo a produção de microparticulas de alginato-amido-quitosana contendo estigmasterol pelo método de gelificação iônica externa utilizando polímeros biocompatíveis e biodegradáveis; caracterizar a quitosana quanto ao grau de desacetilação por titulação condutométrica; caracterizar a quitosana quanto ao peso molecular por viscosimetria; avaliar as micropartículas obtidas quanto ao tamanho e morfologia; determinar o rendimento de produção das micropartículas obtidas; determinar a eficiência de encapsulamento. O método de gelificação iônica externa apresentou-se como um processo brando, que dispensa o uso solventes orgânicos e não apresenta riscos à saúde ou ao ambiente. O grau médio de desacetilação da quitosana foi de 84,54%, a massa molar viscosimétrica foi de 48,829g/mol. As micropartículas apresentaram formato esférico levemente ovalado e 12 mesh, o rendimento de produção foi de 97,29%, a eficiência média de encapsulamento foi 90,42% e a concentração média de estigmasterol por grama de óleo foi de 9,97mg/g. A gelificação iônica externa mostrou-se um método viável, de fácil execução e com ótimo rendimento de produção.