EFEITO DA PROTEÇÃO SUPERFICIAL E DO TEMPO DE ESTOCAGEM NA DUREZA SUPERFICIAL DE CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO RESINO-MODIFICADO

Aluno de Iniciação Científica: Francine Sumie Morikava (IC-Voluntária)
Curso: Odontologia
Orientador: Andresa Carla Obici
Co-Orientador: Ivana Froede Neiva
Colaborador: Adriano Kuczynski
Departamento: Odontologia Restauradora
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Cimento de ionômero de vidro resino-modificado , Dureza Knoop , Proteção superficial
Área de Conhecimento: 40209008 - MATERIAIS ODONTOLÓGICOS

Os cimentos de ionômero de vidro resino-modificados (CIVRM) foram introduzidos no mercado odontológico no início da década de 1990, com o intuito de fornecer um material com melhores propriedades físicas e mecânicas, porém mantendo a reação de presa ácido-base característica dos materiais ionoméricos, a adesividade e a liberação de flúor. Embora a reação de polimerização preceda a formação de pontes de policarboxilato de alumínio, esta continua a ocorrer, porém muito mais lentamente. Neste sentido, as primeiras 24 horas são mais críticas para o material, pois o mesmo está sujeito às variações de umidade que ocorrem na cavidade bucal. No intuito de minimizar os efeitos deletérios da umidade sobre as propriedades mecânicas do material, a utilização de agentes protetores superficiais pode ser uma alternativa viável, pois minimiza a absorção de água pela matriz polimérica recém formada, bem como permite que a reação ácido-base ocorra sem o acréscimo de água. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da proteção superficial sobre um CIVRM em diferentes tempos de avaliação. O material estudado foi o Vitrofil LC (DFL), o qual foi manipulado seguindo as instruções do fabricante e inserido em incremento único no interior de uma matriz de resina acrílica com orifício central de 6 mm de diâmetro e 2 mm de profundidade. A fotoativação foi realizada por 20 segundos com unidade de luz a base de LED, Emiter B (Schuster), cuja potência média era de 1000 mW/cm2.  Foram confeccionados 20 espécimes, sendo que 10 receberam proteção superficial com agente protetor fornecido pelo próprio fabricante e 10 permaneceram sem proteção. Os corpos-de-prova foram mantidos em água destilada, a temperatura de 37ºC por 24±1 hora e, então polidos com lixas d'água de granulação decrescente (400, 600, 1200, 1500). O teste de dureza Knoop foi realizado em microdurômetro Bhueler, sendo feitas 5 medições em cada espécime nos tempos de 24 horas e 7 dias após a confecção dos mesmos. Os dados foram submetidos a ANOVA e teste de Tukey com nível de significância de 1%. Os resultados mostraram que a proteção superficial resultou em maiores valores de dureza Knoop (p< 0,01) em ambos os tempos analisados. Tanto o grupo com como o sem proteção apresentou diferença estatística com o tempo de armazenagem, sendo a dureza maior em 24 horas (p< 0,01). Assim, é possível concluir que a proteção superficial em CIVRM propicia maiores valores de dureza, mesmo com diferentes tempos de estocagem.

 

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