CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS SOBRE CÉLULAS-TRONCO PROVINDAS DA POLPA DENTÁRIA, EM CURITIBA, PARANÁ, BRASIL
Aluno de Iniciação Científica: Jordan Gasparetto Pasquali (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Odontologia
Orientador: Marili Doro Andrade Deonizio
Colaborador: Tássia Simões do Nascimento
Departamento: Odontologia Restauradora
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: células-tronco , polpa dentária , aprendizagem
Área de Conhecimento: 40206009 - ENDODONTIA
A bioengenharia dentária pode formar biodentes por meio de células-tronco adultas (CT) da polpa dentária, os quais podem substituir as funções dos dentes naturais incluindo a erupção, oclusão, mastigação em futuras aplicações clínicas. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento, por parte dos cirurgiões-dentistas do município de Curitiba, estado do Paraná, Brasil, sobre a possibilidade de utilizar a polpa dentária de dentes decíduos e permanentes como fonte de células-tronco. Para isso, foi utilizado um questionário composto de nove perguntas objetivas a 363 cirurgiões-dentistas, aplicado por dois alunos da graduação da Universidade Federal do Paraná, que tinham sido calibrados com as informações necessárias, juntamente com a disponibilização de fontes da literatura a fim de aumentar o conhecimento e entendimento no tema. Os resultados mostraram o conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre o que são células-tronco (98,35%); a diferença entre células-tronco e clonagem (87,72%); a diferença entre células adultas e embrionárias (65,98%), a importância da cadeia asséptica durante a obtenção do dente (98,59%) e do paciente saudável (76,74%) e que o paciente deve ser informado sobre a doação e as intenções de cultivar células (97,18%). Quanto à condição dentária: em oclusão (75,56%), cariado (17,43%), incluso (78,99%), acometido periodontalmente (28,47%). No entanto, o desconhecimento foi verificado sobre a obtenção destas células (90,03%); o armazenamento (88,03%) e o meio de cultura (94,80%); o tempo de sobrevivência das células (97,99%); o momento ideal para acondicionar o dente: imediatamente (91,54%), 30 minutos (0,31%), 1 hora (6,90%), 2 horas após (0,31%) e 3 horas após (0,94%). A cerca da origem 54,42% responderam serem células-tronco adultas e 45,58% embrionárias; apenas 7,43% sabem que as CT originam todos os tipos de tecidos conjuntivos. Em posse dos resultados, notou-se que o cirurgião-dentista encontra-se desatualizado em relação às pesquisas sobre células-tronco. A odontologia necessita, com urgência, esclarecimentos e publicações sobre o tema. A conscientização desses profissionais poderá evitar o descarte desnecessário dos dentes permanentes ou decíduos extraídos, os quais podem ser utilizados para fins de pesquisa clinica e terapia.