INFLUÊNCIA DO TEMPO DE PERMANÊNCIA NA CONDIÇÃO CLÍNICA DE RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS DOS DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE

Aluno de Iniciação Científica: Camila Pinheiro Furquim (IC-Voluntária)
Curso: Odontologia
Orientador: Ivana Froede Neiva
Co-Orientador: Andresa Carla Obici
Colaborador: Allana Pivovar; Josiane Schibicheski dos Santos
Departamento: Odontologia Restauradora
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Dentes tratados endodonticamente , Restaurações provisórias , Odontologia
Área de Conhecimento: 40201007 - CLÍNICA ODONTOLÓGICA

O sucesso da terapia endodôntica está relacionado ao adequado vedamento da câmara pulpar, pois previne a invasão bacteriana e a recontaminação dos canais radiculares. Dentes tratados endodonticamente devem ser restaurados o quanto antes, pois a infiltração marginal pode ocorrer em poucos dias, culminando com a necessidade de um retratamento ou até mesmo a perda do elemento dentário. Esse trabalho teve como objetivo avaliar clinicamente a condição de restaurações provisórias em relação ao tempo de permanência na cavidade bucal até a data da realização da restauração definitiva. Os pacientes selecionados (n = 58) para pesquisa foram encaminhados após a finalização do tratamento endodôntico pela disciplina de Endodontia da Universidade Federal do Paraná. As restaurações provisórias foram analisadas na sessão em que foi feita a restauração definitiva. Dois materiais restauradores provisórios foram utilizados: cimento de óxido de zinco e eugenol reforçado por polímero (IRM) e cimento de ionômero de vidro convencional (Maxxion R). As restaurações provisórias foram avaliadas quanto as seguintes condições: ausência de alteração, manchamento, infiltração marginal, solução ou desintegração, perda parcial ou total do material. O tempo de permanência das restaurações provisórias variou, sendo: menos de uma semana, 12 dentes; de 1 a 2 semanas, 25; de 3 a 4 semanas, 9; de 5 a 6 semanas, 4; de 7 a 8 semanas, 1 e mais de 9 semanas, 4. A maioria das restaurações provisórias mostrou-se sem alterações (n = 34). A condição clínica das restaurações avaliadas variou de acordo com o tempo de permanência da seguinte maneira: menos de 1 semana, 75% das restaurações provisórias estavam sem alterações; 1-2 semanas, 60% sem alterações; 3-4 semanas, 77% sem alterações; 5-6 semanas 50% sem alterações; 7-8 semanas, 100% com alterações e mais de 9 semanas, 75% com alterações. Diante destes dados, verifica-se que quanto maior o tempo de permanência do material restaurador temporário na cavidade bucal, maiores alterações são observadas, o que compromete a qualidade do selamento. Concluiu-se que o intervalo entre a restauração provisória e permanente deve ser o mais breve possível para garantir um bom prognóstico do tratamento endodôntico.

 

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