ESTUDO DAS REGIÕES ORGANIZADORAS NUCLEOLARES EM ESFREGAÇOS DA MUCOSA BUCAL DE INDIVÍDUOS USUÁRIOS DE CANNABIS SATIVA
Aluno de Iniciação Científica: Deniton Cezar Tagliari (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Odontologia
Orientador: Antonio Adilson Soares de Lima
Colaborador: Cassiano Lima Chaiben, Joslei Carlos Bohn, Lisiane Candido
Departamento: Estomatologia
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: AgNOR , Cannabis , Maconha
Área de Conhecimento: 40200000 - ODONTOLOGIA
A maconha (Cannabis sativa) é mundialmente uma das drogas ilícitas mais frequentemente usada. Acredita-se que esta droga seja capaz de aumentar o risco ao desenvolvimento do câncer na mucosa oral e brônquica. O objetivo deste trabalho foi analisar as regiões organizadoras nucleolares (NORs) por meio da técnica de impregnação por prata (AgNORs) em células epiteliais da mucosa bucal em função do uso crônico de maconha. A amostra foi composta por esfregaços de 44 indivíduos do sexo masculino divididos em dois grupos: a) grupo caso - 22 indivíduos usuários de maconha; e b) grupo controle - 22 indivíduos saudáveis e que não faziam uso de tabaco e qualquer outra droga ilícita. Amostras de células epiteliais da mucosa bucal foram obtidas de cada participante por meio da citologia esfoliativa em base líquida. Os esfregaços foram processados em laboratório e corados pela técnica do AgNOR. As AgNORs foram avaliadas em relação a sua morfologia e aleatoriamente contadas em 50 núcleos celulares por esfregaço usando a microscopia de luz. Além disso, as seguintes variáveis também foram medidas: área nuclear, área de AgNOR, percentagem da área nuclear ocupada por AgNOR. A média de idade dos participantes dos grupos caso e controle foi de 28.9 ± 7,9 (19-47) anos. Os indivíduos do grupo caso consumiam, em média, 1,7 cigarros de maconha/dia. O tempo médio de consumo dos cigarros de maconha foi de 11,5 ± 7,4 anos. As AgNORs estavam localizadas no núcleo e foram visualizadas como pequenas estruturas com uma morfologia predominantemente arredondada, com a sua coloração variando de castanho claro para preto, em várias formas e números. O teste t de Student foi aplicado e a média de AgNOR para os grupos caso e controle foram 2,8 ± 0,5 e 2,7 ± 0,6, respectivamente. A diferença entre os grupos foi estatisticamente diferente somente para a variável relação AgNOR/Núcleo (p=0.015). Baseado nos achados deste estudo pode-se concluir a Cannabis sativa não foi capaz de interferir na atividade proliferativa das células epiteliais da mucosa oral.