APLICAÇÃO DE ESCALAS DE AVALIAÇÃO INFANTIL EM CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO LITORAL DO PARANÁ E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Aluno de Iniciação Científica: Bruna Yamaguchi (PIBIC/CNPq)
Curso: Fisioterapia (Setor Litoral) (MT)
Orientador: Vera Lúcia Israel
Co-Orientador: Luize Bueno Araujo
Departamento: Não definido
Setor: Não definido
Palavras-chave: fisioterapia , avaliação infantil , Denver II
Área de Conhecimento: 40103005 - SAÚDE MATERNO-INFANTIL
O objetivo foi analisar o desenvolvimento de crianças 0 a 5 anos, em um Centro de Educação Infantil (CEI) de Matinhos/Paraná. O desenvolvimento infantil caracteriza-se pelas modificações contínuas e permanentes. Resultado da interação entre fatores genéticos e ambientais, que influenciam na forma como as crianças percebem e lidam com o ambiente em que vivem. Esta é a perspectiva ecológica, o desenvolvimento infantil influencia e é influenciado pelas relações com o meio. Os principais fatores de risco e de proteção quanto ao desenvolvimento estão nos contextos em que a criança está inserida, como a família e escola. O uso de testes de avaliação do desenvolvimento infantil possibilita identificar, monitorar e quantificar os possíveis déficits no desenvolvimento e é utilizado como estratégia para promoção da saúde na infância. Foram avaliadas 61 crianças, de ambos os gêneros de um CEI situado na periferia na cidade de Matinhos, verificando a relação estatística existente do desenvolvimento infantil em relação a idade, período de permanência no CEI e gênero. Nas avaliações utilizou-se o teste Denver II, que realiza a triagem global de atraso no desenvolvimento, verifica as áreas pessoal-social, linguagem e habilidades motoras fina e grossa. Foram avaliadas 61 crianças, sendo 29 (47,54%) do gênero masculino e 32 (52,46%) feminino. Como resultados, obteve-se que 32 (52,46%) crianças apresentam risco no desenvolvimento e 29 (47,54%) desenvolvimento típico. A área com maior índice de risco foi a pessoal-social com 24 sujeitos (39,34%), seguida da linguagem 7 (11,47%), motor fino 4 (6,56%) e menor risco a área motor grosso com 1 sujeito (1,64%). Considerando apenas as crianças com risco no desenvolvimento, 30 (93,76%) apresentaram risco em uma única área, 1 (3,12%) em duas áreas e 1 (3,12%) em três áreas. Para análise estatística, utilizou-se o software Statística 7. Não houve diferença estatística (p>0,05) no desempenho entre os gêneros, períodos e idades. Sabe-se que desenvolvimento infantil é observado por organizações nacionais e internacionais, sendo um dos indicativos do desenvolvimento do país. Neste sentido, é necessário acompanhar, prevenir e intervir, pois além dos fatores genéticos, os estímulos, que influem diretamente no desenvolvimento, devem ser oferecidos. Para sugerir medidas de saúde pública, ainda são escassas as informações sobre a realidade local, necessitando pesquisa contínua. Porém sugere-se que as condições sociais familiares e de assistencialismo do CEI podem influenciar negativamente nos estímulos oferecidos para a criança.