PRÁTICAS ALIMENTARES DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS DE IDADE ASSISTIDAS PELO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA EM GUARAPUAVA-PR

Aluno de Iniciação Científica: Marina Tissot de Oliveira (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Nutrição
Orientador: Cláudia Choma Bettega Almeida
Co-Orientador: Suely Teresinha Schmidt
Colaborador: César Augusto Taconeli, Fernanda Buhrer Rizzato
Departamento: Nutrição
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: alimentação complementar , práticas alimentares , nutrição infantil
Área de Conhecimento: 40103005 - SAÚDE MATERNO-INFANTIL

A Organização Mundial de Saúde recomenda uma dieta mínima aceitável a partir dos seis meses de idade a fim de garantir o crescimento, saúde e desenvolvimento da criança em todo o seu potencial. Sendo assim, a freqüência e a quantidade de alimentos consumidos são de extrema importância para promover um crescimento adequado. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as práticas alimentares e sua associação com fatores socioeconômicos, demográficos, biológicos e ambientais. Estudo transversal analítico realizado através de inquérito domiciliar com 295 crianças, entre 6 e 23,9 meses de idade, assistidas pelo Programa Saúde da Família em Guarapuava – PR. Foi aplicado questionário pré-codificado contendo dados socioeconômicos, demográficos, biológicos e ambientais e sobre as práticas alimentares das crianças. Os dados referentes às práticas alimentares analisados neste estudo foram 3 indicadores básicos, propostos pela Organização Mundial de Saúde, relacionados à alimentação complementar: diversidade alimentar mínima, frequência mínima de refeições e dieta mínima aceitável. A análise estatística consistiu de técnicas descritivas e inferenciais utilizando o modelo de regressão logística. Os resultados encontrados quanto à distribuição de crianças em cada um dos indicadores utilizados foram: diversidade alimentar mínima (77,6%), freqüência mínima de refeições (84,4%) e dieta mínima aceitável (67,1%). As variáveis explicativas que foram conjuntamente significativas para a diversidade mínima da dieta foram: idade materna (p= 0,05), escolaridade materna (p=0,001) e criança em aleitamento materno (p = 0,007). A frequência mínima da dieta apresentou associação com a criança em aleitamento materno (p < 0,001). A dieta mínima aceitável demonstrou associação com: escolaridade materna (p= 0,02), escolaridade paterna (p= 0,02) e número de filhos nascidos vivos (p= 0,03). Os resultados indicam que os fatores relacionados às condições socioeconômicas, demográficas e biológicas têm forte relação com a qualidade da alimentação que a criança recebe. Neste sentido, a melhoria na qualidade da assistência à saúde infantil pode ser considerada uma medida de extrema importância para uma alimentação complementar segura, acessível e aceita pela cultura em que a criança esta inserida.

 

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