ESTUDO DESCRITIVO DO NÍVEL DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL E DA MANUTENÇÃO DOS PAPÉIS OCUPACIONAIS EM SUJEITOS QUE APRESENTAM SEQUELAS NEUROLÓGICAS 2
Aluno de Iniciação Científica: Simoni Pires da Fonseca (IC-Voluntária)
Curso: Terapia Ocupacional
Orientador: Renato Nickel
Colaborador: Elaine Janeckzco Navarro
Departamento: Terapia Ocupacional
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Terapia Ocupacional , Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde , Manifestações Neurológicas
Área de Conhecimento: 40000001 - CIÊNCIAS DA SAÚDE
Na atuação prática do terapeuta ocupacional, observa-se que as doenças neurológicas são as que mais produzem sequelas no indivíduo, causando principalmente a limitação na realização de atividades diárias e na participação de atividades significativas, assim como a perda de papéis ocupacionais. A Terapia Ocupacional considera a manutenção dos papéis sociais e a participação efetiva nesse, um fator essencial para ocorrer a independência do sujeito. Visando compreender a relação existente entre esses fatores, este estudo propõe analisar se o nível de dependência que o sujeito com sequelas neurológicas se encontra, é um aspecto que influência na perda de papéis ocupacionais, e verificar se existem outros fatores interferindo nessa condição. A pesquisa é de caráter exploratório descritivo do tipo transversal com acompanhamento retrospectivo. Realizou-se coleta de dados de 46 sujeitos adultos, de ambos os gêneros, que apresentaram sequelas neurológicas, mas sem déficit cognitivo, atendidos no Ambulatório de Espasticidade do Hospital das Clínicas da UFPR. Os dados foram coletados através das avaliações Medida de Independencia Funcional (MIF) e Lista de Papéis Ocupacionais, e apósa coleta correlacionados entre si. No resultado da pesquisa, verificou-se a um alto grau de importância voltado a todos os papéis ocupacionais, mesmo com os índices de desempenho desses papéis estarem sofrendo rupturas e dos sujeitos apresentatem um nível de dependência moderada ou indepêndencia completa. Desta forma aprecia-se a hipótese que a condição de saúde não é um fator que interfere diretamente no desempenho ocupacional, pode-se aliar a esse fator, outros, como fatores pessoais e ambientais, que interferem na realização de atividades e participação dos sujeitos com sequelas neurológicas. Sendo assim, torna-se fundamental no processo de Terapia Ocupacional proporcionar ou facilitar oportunidades de que propiciem o engajamento dos sujeitos em papéis significativos.