Aluno de Iniciação Científica: Lenedi de Paula Pereira (Pesquisa voluntária)
Curso: Terapia Ocupacional
Orientador: Milton Carlos Mariotti
Departamento: Terapia Ocupacional
Setor: Ciências da Saúde
Palavras-chave: Estigma , Saude mental , Terapia Ocupacional
Área de Conhecimento: 40000001 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

O trabalho explora os temas estigma, transtornos mentais e Terapia Ocupacional e busca conhecer quais são as características desses estigmas, marcas impostas pela sociedade em relação ao indivíduo com transtornos mentais, como eles interferem na qualidade de vida e no desempenho ocupacional das pessoas com transtornos mentais. Faz-se importante a caracterização desses estigmas para poder encontrar soluções e novas perspectivas para as pessoas com transtornos mentais. Foi  elaborada uma busca minuciosa nas bases teóricas que fundamentem a implantação de um programa de Terapia Ocupacional que possibilite uma melhora na qualidade de vida e proporcione um desempenho ocupacional satisfatório para esses indivíduos, buscando seu envolvimento em atividades e participação social. Por meio de revisão de literatura e de entrevista semiestruturada, foi realizada uma busca junto aos pacientes que são usuários do regime semi-ntensivo nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e que participam do projeto de extensão SAÚDE MENTAL NA UNIVERSIDADE, com o objetivo de investigar se e de que forma o estigma interfere negativamente no seu desempenho ocupacional e qualidade de vida para assim observar o impacto de um programa de Terapia Ocupacional e sua influência nesses estigmas. Através das considerações levantadas ao longo do processo de execução deste trabalho e com base na literatura especifica, compreende-se que uma das estratégias de atuação da Terapia Ocupacional nesse contexto é a busca da valorização da atividade humana e do trabalho para a saúde mental e inserção social, além de contribuir no processo de geração de renda, sendo que as redes sociais são espaços em que as pessoas contam com suporte e apoio emocional, compartilham problemas e tentam encontrar soluções, sendo que trabalho é uma das formas de criação de vínculos sociais que no processo de transtorno mental encontram-se fragilizados e passíveis de ruptura desses laços sociais. Com a pesquisa foi possível compreender as possibilidades de atuação do Terapeuta Ocupacional junto a essa população e novas pesquisas ainda deverão ocorrer para que se confirme sua eficácia, ampliando suas estratégias de intervenção. Para a reabilitação psicossocial e mais especificamente para a terapia ocupacional, o desafio da inserção social de pessoas portadoras de transtornos mentais e o desenvolvimento de formas de convívio com o estigma, o preconceito, exigem transformações profundas e uma revisão de conceitos pré-estabelecidos pela sociedade.

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