AVALIAÇÃO DO EMPREGO DE DADOS DO PROJETO REANALYSIS REGIONALIZADOS PARA SIMULAÇÕES DE DISPERSÃO ATMOSFÉRICA
Aluno de Iniciação Científica: Gabriela Guerrize Conte (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Engenharia Ambiental
Orientador: Ricardo Carvalho de Almeida
Colaborador: Fernando Augusto Silveira Armani
Departamento: Engenharia Ambiental
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: MODELAR , WRF , POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Área de Conhecimento: 30704057 - CONTROLE DA POLUIÇÃO
A crescente industrialização motiva o estudo do comportamento dos poluentes atmosféricos emitidos por processos antropogênicos, para que eventos críticos de poluição e o impacto de novas fontes emissoras possam ser minimizados. Com esse intuito, desenvolveu-se um modelo numérico de dispersão, o modelo regulatório de qualidade do ar MODELAR. Ele simula a concentração final, na superfície, de um poluente lançado de uma fonte pontual, empregando parâmetros micrometeorológicos como dados de entrada. Porém, em geral, não há estações meteorológicas suficientes para gerar esses dados em todos os lugares. Propõe-se, então, a utilização de um modelo de previsão meteorológica para a simulação desses dados. O objetivo deste projeto é avaliar a confiabilidade da utilização de dados micrometeorológicos simulados no modelo de dispersão atmosférica MODELAR, em comparação com dados micrometeorológicos reais. Para isso, utilizou-se o experimento de Prairie Grass, que é amplamente empregado para a validação de modelos de dispersão. Nesse experimento foram realizadas 68 medidas de concentração de um gás traçador, em diferentes condições de estabilidade atmosférica. Para reconstituir as condições meteorológicas do experimento, utilizaram-se dados meteorológicos do projeto Reanalysis, que foram refinados pelo processo de regionalização dinâmica, por meio do modelo numérico de mesoescala Weather Research and Forecasting (WRF). Utilizaram-se quatro configurações diferentes do modelo WRF, visando descobrir a que melhor simula condições atmosféricas reais, cada uma modificando as parametrizações da camada limite superficial, de infiltração no solo, e da camada limite planetária. Da análise dos resultados, constatou-se que as melhores previsões de concentração, levando-se em conta condições atmosféricas estáveis e instáveis, foram as que utilizaram na configuração do modelo WRF: para camada limite superficial, o modelo de Monin-Obukov; para os processos de infiltração no solo, o modelo de Noah; e para a camada limite planetária, o esquema YSU. As concentrações obtidas com os dados micrometeorológicos modelados foram comparáveis às obtidas utilizando dados reais. No entanto, para condições estáveis, os resultados não foram tão satisfatórios quanto para condições instáveis, indicando a necessidade de aprimorar o modelo MODELAR para o uso em situações de estabilidade atmosférica.