DEGRADAÇÃO DE EFLUENTE DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL POR PROCESSO FOTO-FENTON/SOLAR
Aluno de Iniciação Científica: Kenia Gabriela dos Santos (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Tecnologia em Biocombustíveis - Palotina
Orientador: Ivonete Rossi Bautitz
Colaborador: Dilcemara Cristina Zenatti
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: foto-Fenton , Efluente , Tratamento
Área de Conhecimento: 30702003 - TRATAMENTO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO E RESIDUÁRIAS
A produção de biodiesel pode gerar grandes quantidades de efluente líquido o qual é rico em matéria orgânica e não pode ser descartado sem tratamento adequado. Nesse contexto, a aplicação de um tratamento é imprescindível para que o descarte desse efluente possa ser feito sem causar danos aos ambientes aquáticos. Processos oxidativos avançados (POAs) são capazes de oxidar uma ampla variedade de compostos orgânicos por meio da geração do radical hidroxila o qual possui alto potencial oxidativo. O processo Fenton/foto-Fenton são POAs caracterizados pela adição de peróxido de hidrogênio e o íon ferroso como catalisador da reação. No processo foto-Fenton a velocidade das reações de oxidação pode ser aumentada com a incidência de radiação na amostra. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência dos processos Fenton/foto-Fenton/solar na degradação de efluente proveniente da água de lavagem do biodiesel. Primeiramente, foi feito um processo de pré-tratamento físico-químico de coagulação/floculação, no qual utilizou-se um planejamento fatorial 2² considerando os fatores de dosagem do coagulante (FeCl3) e pH. A avaliação do processo de coagulação/floculação foi feita por meio do pH e da turbidez do efluente tratado. Os ensaios 1 e 3, (pH 5 e dosagem de FeCl3 100 e 300 mg L-1), apresentaram os menores valores de turbidez, 49 UNT e 81 UNT, respectivamente. O pré-tratamento mostrou-se eficiente, uma vez que o valor de turbidez obtido na melhor condição foi significativamente menor quando comparado com o valor de turbidez do efluente bruto (aprox. 36.000 UNT). Para os processos Fenton e foto-Fenton, foi utilizado o efluente do ensaio 1, com subsequente correção de pH para 3 e adição de 0,2 mmol L-1 de peróxido de hidrogênio sob agitação por 2 horas. O monitoramento dos processos foi feito por meio da técnica de absorção de radiação molecular no UV-Vis, utilizando o comprimento de onda de absorção máxima do efluente pré-tratado (300 nm). Os dados preliminares obtidos demonstraram uma diminuição na absorbância total da amostra durante o processo foto-Fenton, a qual não foi percebida no processo Fenton. Essa diminuição de absorbância de cerca de 30% pode ser atribuída à transformação/degradação de compostos que apresentam a função éster, maioria nesse efluente, que possuem absorbância máxima por volta de 300 nm. Portanto, o processo foto-Fenton mostrou-se promissor na degradação da matéria orgânica presente neste efluente.