REMEDIAÇÃO DE ÁGUAS CONTAMINADAS POR ÓLEO UTILIZANDO FIBRAS VEGETAIS

Aluno de Iniciação Científica: Ramon Gouvea de Paula (Outro)
Curso: Engenharia Química
Orientador: Elaine Vosniak Takeshita
Co-Orientador: Carlos Itsuo Yamamoto
Departamento: Engenharia Química
Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Adsorção , Fibras , Óleos
Área de Conhecimento: 30600006 - ENGENHARIA QUÍMICA

Os derramamentos de óleo em águas têm constituído uma grande ameaça ao ecossistema global, poluindo grandes áreas marítimas e prejudicando radicalmente a fauna e flora de determinadas regiões (contaminação de vegetações próximas ao acidente e danos aos seres vivos alocados na área). São utilizadas diversas técnicas para a remediação e contenção desses óleos acidentalmente despejados, como a utilização de dispersantes químicos, queima do óleo na superfície, inserção de microorganismos e nutrientes, coleta por bombeamento, construção de barreiras de contenção, flutuadores de absorção, etc. A escolha dessas técnicas varia segundo alguns aspectos, como a região e tempo do despejamento, o clima, a intensidade das ondas, o tempo de contato entre óleo e água decorrido até que a medida de contenção foi tomada, o sentido e força da correnteza, etc. Dentro desse assunto, são realizados diversos estudos que buscam encontrar meios mais econômicos, eficientes e menos agressivos à natureza para a retirada do poluente. Na literatura científica há alguns trabalhos utilizando fibras naturais como sorventes, tais como: kapok, bagaço de cana-de-açúcar, paina, turfa, etc. Neste trabalho focamos o método de sorção de óleo utilizando fibras vegetais; área na qual têm-se obtido resultados expressivos, uma vez que essas fibras encontram-se em grande quantidade na natureza, são biodegradáveis e possuem uma alta capacidade sortiva. Neste trabalho, são realizados testes utilizando amostras do bagaço de cana-de-açúcar , sendo avaliada sua capacidade sortiva para com o óleo diesel em meio aquoso à temperatura ambiente. Dentro dos experimentos realizados, a determinação da capacidade sortiva é feita através da técnica de extração líquido-líquido pelo emprego de um solvente orgânico e a concentração de diesel é determinada utilizando-se uma curva de calibração construída no espectrofotômetro de ultra-violeta. Os resultados são avaliados considerando-se a análise estatística das replicatas e o intervalo de confiança das médias.

 

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