DESENVOLVIMENTO DE NOVA ESTRATÉGIA DE FERTILIZAÇÃO UTILIZANDO AMILÁCEOS, ESPECIALMENTE A BATATA
Aluno de Iniciação Científica: FLÁVIA BORDIGNON (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Tecnologia em Biotecnologia - Palotina
Orientador: Brener Magnabosco Marra
Co-Orientador: Luís Fernando Souza Gomes
Colaborador: Natália Cristina da Silva Valérius, Dile Pontarolo Stremel
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: fertilizante organomineral , batata , bioprocesso
Área de Conhecimento: 30505003 - PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
A busca por novas alternativas de fertilizantes, que sejam menos contaminantes ao meio ambiente ou renováveis, mais baratos, favoreça o aumento da produtividade e diminua a dependência por importados têm sido valorizadas. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um novo processo tecnológico de produção de fertilizante orgânico fluido a partir de amiláceos, especialmente a batata (Solanum tuberosum), e patentear tal processo no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Neste presente trabalho foi desenvolvido o processo de produção de fertilizantes a partir de batata, e que consiste fundamentalmente na trituração/extrusão a seco com a finalidade de preparar um mosto fermentescível formado por água, batata e suplementos em dornas de fermentação. A fermentação realizada foi descontínua do tipo baixa fermentação utilizando diferentes cepas de Pichia spp. Após a baixa fermentação descontínua finalizada; separou-se a fração sólida da fração líquida por centrifugação. A fração líquida foi submetida a retificação, e o resultado foi um fertilizante orgânico fluido com altos teores de carbono orgânico total (C.O.T.) (24%) e alta capacidade de troca catiônica (C.T.C) (380 cmmol/dm3) e nitrogênio (1%); que pode ser utilizado via semente, foliar e solo. O processo foi depositado no INPI como patente de invenção e o produto foi registrado no MAPA como Acrescent Ò. Além disso, o fertilizante apresenta altos teores de ß-glucanas (defensinas vegetais). A batata é um dos alimentos humanos mais antigos e mais estudados ao longo de todos os tempos, possui alto teor nutritivo (especialmente carboidratos), e se adapta a diferentes solos e climas devidos os programas de melhoramento genético. Entretanto, aproximadamente 35% da batata produzida é descartada no processo de lavagem, classificação e industrialização. Estima-se que de 25% a 30% do total descartado são desclassificados para o comércio ou rejeitados na colheita, por falta de tamanho adequado. Esta batata que possui qualidade e sanidade, mas que foi desclassificada pelo tamanho comercial, pode ser uma fonte de matéria-prima para a produção do Acrescent Ò.