CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE TRIATOMÍNEOS DO ESTADO DO PARANÁ UTILIZANDO MARCADORES MITOCONDRIAIS
Aluno de Iniciação Científica: Brenda Cecilia De Maman Ribeiro (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Biomedicina
Orientador: Débora do Rocio Klisiovicz
Colaborador: Francelise Bridi Cavassin, Juciliane Haidamak, Raquel Thiana Maciel
Departamento: Patologia Básica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Panstrongylus megistus , biologia molecular , Paraná
Área de Conhecimento: 21303002 - ENTOMOLOGIA E MALACOLOGIA DE PARASITOS E VETORES
A Doença de Chagas é incluída como uma das prioridades dentro da lista de doenças tropicais da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez que provoca perdas importantes de anos de vida, afeta aproximadamente 20 milhões de pessoas em 23 países endêmicos e causa repercussões sociais e econômicas, representando um grande problema de saúde principalmente nos países latino-americanos, e em regiões com carências econômicas. Esta doença tem como agente etiológico o protozoário Trypanosoma cruzi Chagas, 1909, que é transmitido a animais por meio da picada e posterior defecação de seus vetores, que são triatomíneos infectados. Como verifica-se a re-colonização da espécie em diversas regiões latino-americanas, estudos apontam para a vigilância epidemiológica constante, sendo que a incidência da doença é altamente relacionada com a distribuição desses triatomíneos. São por estes motivos que as medidas de controle desta enfermidade se apoiam essencialmente na luta contra os vetores, que são os responsáveis principais da transmissão desta protozoose aos humanos. Atualmente, Panstrongylus megistus é a espécie de triatomíneo mais frequente encontrada no estado do Paraná, e pouco se conhece sobre seu comportamento, diversidade biológica e seu papel na transmissão de T. cruzi no Paraná. O presente trabalho tem como objetivo, mediante o sequenciamento de marcadores de DNA mitocondrial - região ND1, COI e Citocromo B -, caracterizar molecularmente espécimes de P. megistus no estado do Paraná e de outros estados. Ainda não foi possível obter um protocolo capaz de produzir sequências nucleotídicas dos fragmentos das regiões COI e ND1. Porém, para o gene Citocromo B foram obtidas, até o momento, sequências nucleotídicas de 30 espécimes com 1134 pares de bases. Em análise filogenética observa-se uma nítida separação dos insetos paranaenses dos demais estados. Também estão sendo procedidas análises para verificar se a distribuição dos haplótipos coincide com as do DNA ribossomal nuclear já sequenciados para estes espécimes.