LEVANTAMENTO PARASITOLÓGICO DE AVES EM CATIVEIRO DO PARQUE MUNICIPAL DANILO GALAFASSI EM CASCAVEL-PR
Aluno de Iniciação Científica: Paola Fernanda Lenzi (IC-Voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Marivone Valentim Zabott
Colaborador: Alessandra Snak, Cleuza Aparecida da Rocha Montanucci, Kira Maria Agostini
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: coproparasitológico , helmintos , aves
Área de Conhecimento: 21300003 - PARASITOLOGIA
Doenças parasitárias costumam ser mais frequentes e causar quadros mais graves em animais que vivem em cativeiro, quando comparados àqueles que possuem vida livre. Isso se deve a diversos fatores, como por exemplo o estresse, a higiene e a área restrita, contribuindo para que determinadas espécies de parasitos possam concluir seus ciclos, causando infestações. O objetivo desse trabalho foi monitorar as infecções parasitárias nas aves cativas no Parque Municipal Danilo Galafassi (Zoológico Municipal de Cascavel-PR). Foram coletadas e analisadas 189 amostras de fezes de 37 diferentes espécies de aves cativas, provenientes de 22 recintos, no período de agosto/2010 a março/2012. Estas foram acondicionadas em frascos e refrigeradas até posterior análise. Foram utilizados dois métodos coproparasitológicos: flutuação de Willis-Mollay que consiste na flutuação de ovos e oocistos em solução de cloreto de sódio e método de sedimentação simples de Hoffman, Pons e Janer que tem como objetivo a pesquisa de ovos de trematódeos, cestódeos, acantocéfalos e larvas. Das amostras analisadas, 102 (53,97%) foram positivas e dentro destas, 40 (39,21%) apresentaram infecção mista. Os ovos e/ou larvas de parasitos encontrados com maior frequência foram Eimeria sp., Trichuris sp., Capillaria sp., Strongyloides sp. e pertencentes as superfamílias Ascaroidea e Strongyloidea, sendo esses considerados patogênicos para aves. Apesar disso não foram registrados casos de doença clínica no período avaliado. Os resultados das análises de apenas um recinto foram negativas em todo o período avaliado, sendo este o recinto que abrigava as espécies Jabiru mycteia e Cariama cristata (Tuiuiu e Seriema). Como medidas de controle foi proposto realização de limpeza e desinfecção dos locais de alojamento, tratamento dos animais, análises coproparasitológicas regulares, bem como evitar a entrada de animais sinantrópicos. Estes últimos são considerados a principal fonte de infecção, pois acabam invadindo os recintos em busca de alimentação levando agentes para os animais cativos. O tratamento com anti-helmínticos foi instituído somente em casos de alta carga parasitária para evitar a resistência aos mesmos.