DIVERSIDADE E VARIABILIDADE GENÉTICA DE FUNGOS ENDOFÍTICOS E ENTOMOPATOGÊNICOS EM DIFERENTES VARIEDADES DE MILHO (ZEA MAYS L.)

Aluno de Iniciação Científica: Joyce Ana Teixeira (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Patricia do Rocio Dalzoto
Co-Orientador: Ida Chapaval Pimentel
Colaborador: Paulo Marangoni, Angela Bozza
Departamento: Patologia Básica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: fungos endofíticos , Zea mays , Espectroscopia no infra-vermelho
Área de Conhecimento: 21202001 - MICROBIOLOGIA APLICADA

Os fungos endofíticos podem ter função de proteção, auxiliando na adaptação das plantas às quais estão associados, o que torna seu estudo bastante relevante. Devido ao seu cultivo extensivo em várias partes do Brasil, principalmente no Paraná, o milho (Zea mays L.) se torna suscetível a pragas, necessitando de um controle em larga escala, desempenhado pelos agrotóxicos. Estes agentes, apesar de sua eficiência, prejudicam certos insetos que auxiliam na reprodução das plantas e são nocivos aos consumidores finais, além de poluirem o ambiente. Com o intuito de diminuir o uso destas substâncias agressivas, tem se buscado estratégias eficientes no controle de pragas, principalmente por meio de micro-organismos. A diversidade de fungos endofíticos encontrada na natureza é muito grande e, para que trabalhos futuros na área de controle biológico de pragas possam ser realizados, os isolados devem estar corretamente armazenados e sua identificação deve ser acurada. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar macro e micromorfologicamente fungos endofíticos de milho, previamente isolados de 10 plantas, coletadas em Curitiba-PR, em etapas anteriores do projeto. Foram gerados 500 fragmentos foliares, dos quais foram obtidos 54 isolados, representando uma porcentagem de infecção de 10,8%. Os micro-organismos foram purificados e separados em grupos morfológicos, conforme as características das colônias cultivadas, tendo sido obtidos 19 grupos distintos. Cerca de 72% dos isolados já foram identificados ao nível de gênero, sendo Penicillium sp o mais frequente (35%), seguido de Alternaria sp (25%), Epicoccum sp (18%), Bipolaris (6%) e Cladosporium sp (3%). Aproximadamente 13% dos isolados analisados não produziram estruturas reprodutivas, sendo classificados como Micelya sterillia. Dentre estes gêneros, Penicillium, Epicoccum e Bipolaris são fungos saprófitos encontrados no ambiente, e que podem ter potencial patogênico aos humanos imunodeprimidos. Alternaria pode ser, em alguns casos, um patógeno vegetal e Cladosporium é um dos fungos mais comumente encontrados no ar e, em geral, são considerados contaminantes. Os fungos já identificados tiveram seus DNAs purificados para posterior sequenciamento de regiões ITS do DNA ribossomal. A etapa seguinte deste projeto consistirá de identificação dos isolados ao nível de espécie, por meio de sequenciamento de regiões ITS do DNA ribossomal. A partir dos resultados obtidos será possível padronizar a coleção biológica do LabMicro-DPAT-UFPR, de modo que os dados possam ser disponibilizados a toda comunidade acadêmica.

 

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