AVALIAÇÃO DE ARGININA NO SISTEMA IMUNOLÓGICO DE AVES DE CORTE
Aluno de Iniciação Científica: Larissa Wünsche Risolia (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Curitiba
Orientador: Luiz Felipe Caron
Colaborador: Celso Fávaro Junior, Max Ingberman, Tobias Fernandes Filho
Departamento: Patologia Básica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: imunidade , aves , arginina
Área de Conhecimento: 21100004 - IMUNOLOGIA
A avicultura industrial contemporânea busca a produção de proteína animal em grande escala. Procura-se intensificar este meio de produção através da exploração da genética, da nutrição, do manejo e da sanidade. Ao longo das seleções para características de produção, houve como consequência uma redução do potencial imunológico destes animais, entretanto poucas vezes há conhecimento sobre o estado imunológico da granja. A imunocompetência destas aves pode ser avaliada por vários parâmetros, como a população de linfócitos do sangue periférico. É importante a avaliação imune para que se mensure o risco de doenças associadas ao manejo intensivo e para a prevenção das mesmas. Nutrientes como vitaminas, minerais e aminoácidos são substratos para a imunidade. A arginina é um aminoácido essencial na dieta de aves que regula os aspectos funcionais de monócitos e de linfócitos T e B. A sua falta faz com que haja o bloqueio da proliferação celular de linfócitos T, redução da maturação precoce de linfócitos B na medula óssea e na proporção destas células nos linfonodos e no baço. Em uma das vias de metabolização do aminoácido há a produção de Óxido Nítrico, que participa de um mecanismo citolítico de macrófagos. Ao proporcionar aos animais ambas as características, produtividade e imunidade, a suplementação de arginina torna-se um ferramenta interessante à produção e sanidade avícola. O presente estudo consiste em analisar a relação da suplementação alimentar de frangos de corte com arginina e o status imune através de marcações moleculares para CD4,CD8, CD28, linfócito B, macrófagos, TCRvß1 e MHCII por citometria de fluxo. Serão utilizados 84 animais, divididos em 4 grupos de 21 animais cada, sendo um controle que receberá uma alimentação padrão e os grupos experimentais com suplementação de arginina de 1%, 1,2% e 1,5% respectivamente. Estas concentrações serão utilizadas de acordo com estudos preliminares (D'amato et al., 2010). Além da coleta de sangue periférico para a citometria de fluxo, também haverá a mensuração e pesagem do baço e da bolsa cloacal dos animais até os 14 dias. A partir destes parâmetros será possível a análise da importância da suplementação com o aminoácido, bem como a sua melhor concentração para o adequado status imune das aves. Durante todo o experimento serão acompanhados o desempenho zootécnico e sanitário, a conversão alimentar, a evolução do peso vivo e a avaliação clínica do status sanitário do plantel. Desta forma será possível mensurar se há uma relação entre a suplementação com o composto e estes itens.