ESTUDO DOS EFEITOS EXTRAPIRAMIDAIS COM OS ANTIPSICÓTICOS HALOPERIDOL 1MG/KG, QUETIAPINA 50MG/KG, ARIPIPRAZOL 1MG/KG EM MODELOS ANIMAIS

Aluno de Iniciação Científica: JULIANNE MEYER SOARES (PIBIC/CNPq)
Curso: Farmácia
Orientador: MARIA BARBATO FRAZÃO VITAL
Colaborador: Janaina Kohl Barbiero, Ronise Martins Santiago
Departamento: Farmacologia
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: haloperidol, aripiprazol, quetiapina
Área de Conhecimento: 21003009 - NEUROPSICOFARMACOLOGIA

Um dos efeitos colaterais mais temidos com o advento do tratamento medicamentoso  antipsicótico foi o efeito extrapiramidal. Este efeito  consiste numa série de sintomas que envolvem o sistema motor, como o parkinsonismo e a discinesia tardia. Os antipsicóticos de segunda geração revolucionaram o tratamento da esquizofrenia pois além de atuarem sobre os sintomas negativos da doença apresentavam baixo potencial de ocasionar efeitos colaterais extrapiramidais quando comparados aos de primeira geração. O mecanismo de ação dos antipsicóticos típicos ou de primeira geração é principalmente pelo bloqueio dos receptores D2 da dopamina no sistema límbico. No entanto, o bloqueio D2 destes medicamentos é inespecífico e, portanto, atua também na via nigroestriatal gerando os indesejáveis efeitos extrapiramidais. As drogas de segunda geração são mais específicas, possuem menor afinidade pelos receptores D2, no caso do aripiprazol possui potencial agonista  parcial, e também atuam em outros receptores, como os serotonérgicos 5-HT2. Assim sendo, foi possível encontrar um tratamento mais completo e seguro. O objetivo desta pesquisa foi comparar o efeito farmacológico de drogas de primeira e de segunda geração pela análise comportamental de animais de laboratório. Foram utilizados ratos Wistar entre 200 e 300 gramas os quais foram dividido sem 4 grupos, sendo eles: salina, Aripiprazol (1mg/Kg), Quetiapina (50mg/Kg) e Haloperidol (1mg/Kg). Através da análise dos animais no campo aberto foi possível verificar que os antipsicoticos de segunda geração não são capazes de influenciar o comportamento dos animais quanto à capacidade exploratória e de movimento, no teste da pata verificou-se que apenas os animais tratados como antipsicótico de primeira geração mostraram aumento no tempo de retração dos membros posteriores e anteriores o que indica que embora tenha eficácia antipsicótica, o haloperidol possui alto potencial de ocasionar efeito extrapiramidal nos animais. No teste de natação forçada somente foi possível verificar alteração significativamente diferente no comportamento dos animais tratados com haloperidol, o qual aumentou o tempo de imobilidade dos animais, quando comparados com o grupo salina.  Desta forma foi possível concluir que os antipsicóticos de segunda geração estudados não mostraram, com este experimento, potencial antidepressivo, no entanto também não causaram efeitos extrapiramidais.

 

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