ESTUDOS DAS ALTERAÇÕES MOTORAS EM MODELOS ANIMAIS DE PARKINSONISMO

Aluno de Iniciação Científica: Fernanda Stumpf Tonin (PIBIC-AF/FA)
Curso: Farmácia
Orientador: Maria Aparecida Barbato Frazão Vital
Co-Orientador: Janaina Kohl Barbiero
Colaborador: Ronise Martins Santiago
Departamento: Farmacologia
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Doença de Parkinson , LPS , Rotenona
Área de Conhecimento: 21003009 - NEUROPSICOFARMACOLOGIA

A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais freqüente e a primeira doença neurológica a ser modelada. Neste sentido, os modelos animais da DP têm auxiliado no entendimento da doença. Os modelos da Rotenona e do lipopolissacarídeo (LPS) foram mais recentemente propostos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da exposição prévia ao LPS e possível potencialização da toxicidade com a administração de Rotenona. Foram avaliados a função motora e sinais de depressão nos animais. Para tanto, foram utilizados ratos Wistar machos, divididos aleatoriamente em quatro grupos: controle (n=7), Rotenona (n=7), LPS (n=8) e LPS + Rotenona (n=8). Inicialmente, os animais receberam via intraperitoneal (i.p.), de acordo com o grupo a que pertenciam, uma injeção de LPS (100 µg/kg) ou veículo (salina). Após duas horas, foi administrada Rotenona (2.5 mg/kg) ou veículo (óleo de girassol) pela mesma via. Em seguida, foi realizada a avaliação do comportamento motor dos ratos através do teste do campo aberto 24 horas, 7, 14, 21 e 28 dias após a administração das drogas. Os parâmetros avaliados foram: freqüência de locomoção e de levantar e tempo de imobilidade em segundos (s) de cada animal. Ainda, no 28º e 29º dias, os animais foram treinados e testados durante 15 minutos e 5 minutos, respectivamente, no teste da natação forçada modificado para investigar sinais de depressão. Os resultados foram analisados por ANOVA seguido do teste de Tukey ou Bonferroni. Os ratos que receberam Rotenona apresentaram hipolocomoção em relação ao grupo controle 24 horas e 7 dias após a administração das drogas. O grupo LPS exibiu hipolocomoção 14 e 21 dias. Os animais do grupo LPS + Rotenona mostraram redução da locomoção e levantar e aumento do tempo de imobilidade 24 horas, 7, 14 e 21 dias, em relação ao grupo controle. No teste de natação forçada, foi observado que os animais LPS e LPS+Rotenona apresentaram maior tempo de imobilidade bem como menor tempo de natação em relação ao grupo controle. Os resultados indicam que a rotenona e o LPS induziram sinais de parkinsonismo nos animais. Mais ainda, a associação das toxinas causou aumento dos sinais depressivos dos animais, sugerindo um sinergismo que precisa ser melhor investigado como modelo animal da DP.

 

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