PURIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA CONTENDO FITASES PRODUZIDAS POR FERMENTAÇÃO A PARTIR DE UM NOVO MICRORGANISMO 2
Aluno de Iniciação Científica: PRISCILA ZANETTE DE SOUZA (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia
Orientador: Profª Drª Michele Rigon Spier
Co-Orientador: Prof°. Dr°. Carlos Ricardo Soccol
Colaborador: Profª Drª Luciana Porto de Souza Vandenberghe, Larissa Staack, Mitiyo Miyaoka
Departamento: Engenharia Química
Setor: Tecnologia
Palavras-chave: Fitase , Formulação , Fermentação
Área de Conhecimento: 20805004 - ENZIMOLOGIA
Entre as hidrolases exógenas produzidas industrialmente, a fitase é uma das enzimas do grupo das fosfatases que mais se destaca, em virtude da suas aplicações e elevada bioeficácia. Essa enzima catalisa a hidrólise do antinutriente fitato em mio-inositol e ácido ortofosfórico. A reação eleva a biodisponibilidade de nutrientes importantes para animais monogástricos. Tendo como objetivo desenvolver um produto formulado em pó contendo fitases fúngicas produzida por MR-56, utilizou-se diferentes substâncias crioprotetoras. Algumas pesquisas literárias foram realizadas, e em conjunto com resultados obtidos em estudos anteriores, serviram de base para escolha dos crioprotetores que compuseram as formulações. Após o processo de fermentação no estado sólido, utilizando como substrato farelo de trigo, com duração de 96h, a enzima produzida foi extraída com solução aquosa por meio de maceração, filtração e centrifugação a 4500 rpm por 15 min. O ultrafiltro QuickStand (GE, Suécia), foi utilizado para a concentração da fitase. Em seguida, o volume ultrafiltrado contendo maior atividade enzimática foi fracionado. Algumas substâncias crioprotetoras foram solubilizadas nas frações volumétricas contendo a enzima antes do processo de liofilização visando a obtenção do produto em pó, avaliação do aspecto granular bem como a avaliação da estabilidade da atividade da enzima. Os resultados desses testes apontaram que as formulações de número 01, 06, 08 e 11 foram capazes de apresentar bom aspecto após o processo de liofilização e ainda manter a atividade da enzima. Um segundo estudo foi realizado com os quatro crioprotetores selecionados previamente, em diferentes concentrações, juntamente com a fitase liofilizada para o estudo de estabilidade do produto granulado à temperatura ambiente. A análise de atividade da enzima foi realizada semanalmente (Heinonen e Lahti, 1981 modificado por Spier et al., 2011), e os resultados obtidos demonstraram que algumas substância crioprotetoras são capazes de manter a estabilidade da atividade da fitase quando comparados com os resultados de estabilidade da enzima liofilizada sem o uso de crioprotetores.