O SISTEMA DE SECREÇÃO TIPO III DE H. RUBRISUBALBICANS ESTA ENVOLVIDO COM A INTERAÇÃO ENDOFÍTICA BENÉFICA COM MILHO

Aluno de Iniciação Científica: Fernanda Oliveira do Carmo (PIBIC/Fundação Araucária)
Curso: Farmácia
Orientador: Emanuel Maltempi de Souza
Co-Orientador: Rose Adele Monteiro
Colaborador: Maria Augusta Schmidt, Roseli Wassem, Fábio de Oliveira Pedrosa
Departamento: Bioquímica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: Herbaspirillum rubrisubalbicans , Fixação Biológica de Nitrogênio , Zea mays
Área de Conhecimento: 20802005 - BIOQUÍMICA DOS MICROORGANISMOS

H. rubrisubalbicans é bactéria endofítica e fixadora de nitrogênio capaz de causar a doença da estria mosqueada na variedade B-4362 de cana-de-açúcar e a doença da estria vermelha em algumas variedades de sorgo, mas pode ser isolada do interior de raízes, caule e folhas e plantas sadias de outras variedades cana-de-açúcar, arroz, sorgo ou milho. No genoma do H. rubrisubalbicans foram encontrados os genes hrp/hrc que codificam as proteínas do Sistema de Secreção do Tipo 3 (SST3) e também genes que codificam para pilus Tipo IV. Essas duas estruturas podem estar envolvidas na interação com vegetais. Uma estirpe mutante de H. rubrisubalbicans no gene hrpE, que codifica para a proteína HrpE do SST3, foi incapaz de causar a doença da estria mosqueada na variedade B-4362 de cana-de-açúcar, indicando que esse sistema é importante para o comportamento fitopatogênico desta bactéria. Mutantes nos genes pil, que codificam para proteinas do pilus tipo IV estão sendo construídos para esclarecer o papel deste sistema na interação da bactéria com a planta. Com o objetivo de determinar se o SST3 está envolvido no estabelecimento de interação de H. rubrisubalbicans com plantas que não exibem sintomas de doenças, a colonização de raízes de milho pela estirpe mutante TSE foi estudada. Como controles foram utilizadas as bactérias H. rubrisubalbicans M1 (estirpe selvagem) e a bactéria promotora de crescimento vegetal Azospirillum brasilense FP2. As sementes de milho da linhagem Pioneer cv. 30F53foram inoculadas com as estirpes bacterianas e 10 dias após a inoculação foram determinados os comprimentos das raízes e folhas das plantas. Os resultados mostram que a inoculação do milho com a estirpe selvagem H. rubrisubalbicans M1 promove o crescimento da planta, enquanto que a inoculação do milho com a estirpe TSE prejudicou o crescimento. Estes resultados sugerem que o SST3 de H. rubrisubalbicans é importante para que essa bactéria possa atuar como promotora do crescimento vegetal em milho.

 

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