OBTENÇÃO DE PECTINAS DA POLPA COMERCIAL DOS FRUTOS DE MANÁ-CUBIU (SOLANUM SESSIFLORUM)

Aluno de Iniciação Científica: Larissa Faria (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas
Orientador: Profa. Dra. Carmen Lúcia de Oliveira Petkowicz
Colaborador: Prof. Reinaldo F. Teófilo
Departamento: Bioquímica
Setor: Ciências Biológicas
Palavras-chave: maná-cubiu , polissacarídeos , pectina
Área de Conhecimento: 20801033 - GLICÍDEOS

O maná-cubiu (Solanum sessiflorum) é um fruto originário da Amazônia, onde é usado como alimento, medicamento e cosmético. De acordo com informações informais os frutos são ricos em pectinas. Neste trabalho a polpa dos frutos seca e moída, que é disponível comercialmente, foi utilizada para extração de pectinas utilizando-se ácido cítrico. Inicialmente a polpa foi caracterizada quanto ao teor de umidade (11,17%), cinzas (6,01%), lipídeos (6,85%) e proteínas (9,50%). Para a extração das pectinas foi utilizado um planejamento experimental variando-se o pH da solução de ácido cítrico (1,1 a 3,9)  e o tempo de extração (17,6 a 102,4 min). As extrações foram feitas em banho fervente com 100mL da solução ácida e 4,00g da polpa comercial sob agitação constante. Após a extração, o material foi centrifugado e o sobrenadante precipitado com três volumes de etanol absoluto, sendo deixado em repouso por aproximadamente 20 horas. Em seguida a amostra foi centrifugada três vezes em álcool para desidratação e seca a vácuo. Após a secagem dos polissacarídeos foi calculado o rendimento e realizada a dosagem de ácido urônico pelo método do meta-hidroxibifenil. Para a dosagem de açúcares totais foi utilizado o método fenol-sulfúrico. Todas as amostras foram hidrolisadas e analisadas quanto à composição de monossacarídeos neutros por cromatografia líquido gasosa, revelando maiores teores de glucose e galactose. As amostras foram analisadas por cromatografia de gel permeação apresentando um perfil de eluição polimodal.  A amostra que apresentou maior rendimento (11,92%) foi proveniente da condição de pH 1,1 e 60 minutos a 100°C. Já a amostra com maior teor de ácido urônico (46,17%) foi obtida em condição de pH 2,5 e 60 minutos de extração. A partir da análise estatística dos resultados obtidos nas diferentes condições, foi estabelecida a condição ideal para extração que aliasse alto rendimento e alto teor de ácido urônico, indicativo da presença de pectina. O resultado da análise apontou como condição ideal solução de ácido cítrico em pH 2,5 por 50 a 100 minutos em banho fervente. Os resultados obtidos confirmam a presença de pectinas nos frutos de maná-cubiu.

 

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