CONCENTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE FICOCIANINA POR CRIOCONCENTRAÇÃO
Aluno de Iniciação Científica: Bruna Winkert Raddatz (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia
Orientador: Júlio César de Carvalho
Colaborador: Carlos Ricardo Soccol, Vanessa Ghiggi, Allan Henrique Panisson
Departamento: Tecnologia Química
Setor: Tecnologia
Palavras-chave: microalgas , concentração , biopigmentos
Área de Conhecimento: 20801017 - PROTEÍNAS
Algumas espécies de algas são conhecidas como produtoras de substâncias de interesse para diversas indústrias biotecnológicas, tal como corantes, aditivos alimentícios, podendo inclusive serem utilizadas diretamente como suplementos alimentares. Dentre esse grupo de algas, uma se destaca por sua composição protéica e pela produção de diversos corantes, a Spirulina platensis. Embora ela produza uma gama de proteínas fotossintéticas, como compostos clorofilados, ficoeritrina e aloficocianinas, o projeto focou-se no estudo da extração, concentração e purificação da ficocianina, pigmento de cor azulada produzido pela alga. A ficocianina foi extraída da Spirulina através de congelamentos e descongelamentos sucessivos em meio a tampão fosfato de pH 7,5, fazendo assim com que cristais de gelo fossem formados dentro das células, rompendo-as e liberando o composto na solução. Esse extrato foi então centrifugado a 10000 rpm durante 15 minutos para a remoção de debris celulares e possíveis pellets formados. Os pellets foram descartados e o sobrenadante, que continha ficocianina, foi armazenado. Com a suspensão de proteínas fez-se experimentos de crioconcentração, de maneira a concentrar a proteína e tentar particioná-la na fase líquida, separando-a das demais proteínas das células rompidas. Alíquotas da fração líquida formada durante a crioconcentração foram coletadas, dialisadas, liofilizadas e aplicadas em um gel de eletroforese de policrilamida, a fim de se verificar as proteínas existentes em cada estágio da crioconcentração, bem como sua quantidade e distribuição entre as fases crioconcentrada e congelada. Observou-se concentração de 1,2 vezes na crioconcentração, com recuperação de 60%, e pequena discriminação entre solutos no processo, o que indica que após otimização, a operação poderia ser usada para redução de volume mas não para purificação da proteína.