Aluno de Iniciação Científica: Luan dos Santos Timidati (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina Veterinária - Palotina
Orientador: Arlei José Birck
Co-Orientador: Gregório Corrêa Guimarães
Colaborador: Felipe Gustavo Garcia, André Luis Filadelpho.
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Palavras-chave: Tamanduá , Anatomia , Escápula
Área de Conhecimento: 20604025 - ANATOMIA ANIMAL

O tamanduá-mirim (Tamandua tetradactila) é um mamífero euteriano, pertencente à ordem Edentata, Superordem Xenarthra, assim como o tatu e a preguiça sendo normalmente encontrado da Venezuela ao Sul do Brasil. Possui cabeça, membros e porção cranial do dorso com pelagem de coloração amarelada, sendo o restante do corpo com pelagem negra, formando uma espécie de colete. A cauda longa é preênsil e os membros torácicos possuem quatro grandes garras. Com hábito predominantemente noturno, os tamanduás-mirins são animais solitários, silenciosos e de índole pacífica. Em vida livre, são vistos ou sempre sozinhos, ou juntos em época de acasalamento ou com sua cria, porém, em cativeiro, aceitam viver conjuntamente. A base alimentar desses animais é composta basicamente por insetos, principalmente formigas e cupins. O objetivo deste trabalho é dar sequência ao estudo de aspectos anatômicos dessa espécie animal, visando, além do conhecimento das estruturas de interesse, o fornecimento de subsídios para interpretação, anatomofuncionais relativos a anatomia da escápula. Foram encaminhados ao Laboratório de Anatomia da Universidade Federal do Paraná – Campus Palotina, dois exemplares da espécie, encontrado atropelado em rodovias da região e, outros três encontrados na região de Lavras, Sul de Minas Gerais e encaminhados a UFLA.No laboratório os exemplares tiveram as partes moles retiradas, tais como pele, músculos, vísceras, vasos e nervos, com auxilio de bisturi, tesouras, curetas e pinças e deixadas em água para maceração. Após alguns dias, a peça foi retirada da água e lavada em água corrente e, submersa em solução de peróxido de hidrogênio vinte volumes, durante quarenta e oito horas, para clareamento e, posteriormente. A escápula é um osso plano, com comprimento equivalente a 5,5 cm e largura aproximada de 6,2 cm. A escápula é diferente dos outros animais, por apresentar em vez de um, dois processos espinhosos, sendo um cranial e outro caudal, na qual o espaço entre os dois é de 1,5 cm. Apresenta ainda um forame no espaço na porção compreendida entre o processo espinhoso cranial e a margem cranial, que da passagem a artéria e nervo supra-escapular. Ao fim do processo espinhoso caudal encontra-se o acrômio bem desenvolvido, cujo comprimento é de 3,9 cm, espessura correspondente à 0,3 cm e altura equivalente à 1,3 cm. Podemos concluir que em nenhum animal seja ele doméstico ou silvestre encontramos uma escápula com dois processos espinhosos, três fossas espinhosas e um forame escapular.

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